O suplente de deputado federal Osmar Bertoldi (DEM) foi absolvido de um dos dois processos que responde na Justiça, mas continua preso respondendo por estupro. A decisão saiu na sexta-feira (16) da semana passada e confirmada nesta segunda-feira (19) pela Tribuna do Paraná. Bertoldi está preso desde fevereiro deste ano, por suspeita de cometer ao menos cinco crimes contra a ex-noiva, Tatiane Bittencourt.
Contra o político, haviam dois mandados de prisão preventiva: um deles pelos crimes de desobediência e violação de domicílio. O outro por sequestro, estupro, cárcere privado, lesão corporal, ameaça, vias de fato e constrangimento ilegal.
A decisão, tomada pela juíza Taís de Paula Scheer, do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Curitiba, julgou como improcedente a denúncia feita no primeiro processo, de que Bertoldi teria invadido a casa da ex-mulher. Com base nisso, ele foi absolvido aos fatos que eram denunciados neste processo, mas continua preso até o julgamento da outra ação.
Bertoldi continua detido no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). “Continua respondendo, por isso está preso, mas vamos provar que é inocente”, disse o advogado Claudio Dalledone Junior. Segundo o advogado, seu cliente acredita que a Justiça será feita. “Ele sabe que foi vítima de uma armadilha tramada”, disse.
Segundo Tatiane, o motivo das agressões, registradas em agosto do ano passado, foi porque ela decidiu desmanchar o noivado. A ex disse que, além de ser agredida, também foi mantida em cárcere privado durante cinco dias.
ATUALIZAÇÂO
Em 23 de março de 2023, o Poder Judiciário, com a concordância do Ministério Público, reconheceu a prescrição da pretensão punitiva em relação a Osmar Bertholdi. Com isso, a pena determinada pela sentença, que havia sido confirmada em grau de recurso, foi declarada extinta.