Foto: Fabio Alexandre/O Estado |
Osmar Dias tem ainda o recurso da aliança informal. continua após a publicidade |
O senador Osmar Dias realiza novos exames médicos hoje, em São Paulo, e somente após o retorno a Curitiba, previsto para hoje à noite ou amanhã, é que anunciará se mantém a candidatura ao governo do Estado, apesar de a convenção nacional do PDT ter decidido lançar a candidatura do senador Cristóvam Buarque à Presidência da República. "Agora, depende de uma decisão pessoal do senador", resumiu o presidente estadual em exercício do PDT, deputado estadual Augustinho Zucchi.
A assessoria do senador informou que ele vai se reunir antes com a executiva estadual do PDT para saber o que seus integrantes pensam sobre o quadro que se consolidou ontem, com a decisão nacional. Depois, irá conversar com representantes do PSDB e PFL para saber se há possibilidades de uma coligação informal. Para Zucchi, a candidatura de Cristóvam dificulta, mas não sepulta a candidatura de Osmar ao Palácio Iguaçu. "Não precisamos estar coligados oficialmente para termos o apoio do PSDB", disse Zucchi.
Um acordo informal foi a única forma que restou ao PSDB e PDT para se juntarem em torno de uma candidatura de Osmar ao governo. A regra da verticalização das coligações impede que partidos com candidatos próprios à Presidência da República façam alianças formais nos estados.
Enquanto aguardavam uma manifestação do senador Osmar Dias sobre a candidatura ao governo, os tucanos se reuniram ontem à noite, em Curitiba, para discutir que rumo tomar na sucessão estadual. Após quase um ano de espera pelo pedetista, o PSDB prometeu decidir sua participação na eleição para o governo até amanhã, no máximo.
Cotado para ser pré-candidato do PSDB ao governo em caso de recuo de Osmar em relação à candidatura, o deputado federal Gustavo Fruet foi para o encontro do partido com a disposição de somente aceitar concorrer ao Palácio Iguaçu se houver um pacto de união entre as principais lideranças tucanas.
Gustavo afirmou que, sem essa unidade, não aceita a pré-candidatura, que também é cogitada como alternativa se os tucanos pró-aliança com o PMDB perderem a queda-de-braço para o grupo do presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, que rejeita um acordo eleitoral com o governador Roberto Requião. Para o deputado federal, uma candidatura própria do PSDB somente terá fôlego se conseguir o empenho integral de suas principais lideranças, o senador Alvaro Dias, o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão, e o prefeito de Curitiba, Beto Richa.
Os tucanos que defendem o acordo com o governador Roberto Requião estão apenas esperando pela desistência oficial de Osmar. O principal argumento deles é que a melhor alternativa para o PSDB no Paraná é garantir pelo menos uma parcela do PMDB apoiando Geraldo Alckmin para a Presidência da República e, na melhor das expectativas, ter também o governador abrindo seu palanque para o pré-candidato tucano à sucessão presidencial.