O senador Osmar Dias (PDT) disse ontem que ou seria candidato ao governo do Estado ou não disputaria a eleição. Ele afirmou que jamais cogitou lançar uma candidatura avulsa ao Senado, como sugeria o PSDB.

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“Nem o nome é bonito”, disse o candidato ao governo pelo PDT, durante visita ao ex-governador Paulo Pimentel, diretor-presidente dos jornais O Estado do Paraná e Tribuna do Paraná. “O estatuto do PDT têm regras rigorosas quanto a alianças estaduais entre partidos adversários no plano nacional”, disse o senador.

Ele afirmou que, sem a autorização do partido, estava impedido de ser candidato ao Senado na chapa do candidato ao governo do PSDB, Beto Richa. Osmar poderia sair candidato ao Senado num arranjo informal com o PSDB, que deixaria uma das vagas ao Senado sem preencher.

A única possibilidade de ter o aval da direção nacional do PDT para se aliar ao PSDB no Paraná era se fosse o candidato ao governo da coligação, afirmou o senador.

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“Não sendo cabeça de chapa, ou seria candidato ao governo ou não disputaria a eleição. Fazer acordo branco estava fora de cogitação”, afirmou Osmar, descartando a possibilidade de disputar a eleição ao Senado, numa chapa isolada.

Além da legislação eleitoral e das normas estabelecidas no estatuto do PDT quanto à fidelidade partidária, Osmar observou que a opção pela candidatura ao governo foi também uma questão de coerência. Lembrou que há oito anos vota com a base aliada ao governo do presidente Lula (PT) no Senado.

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Sobre o imbróglio da indicação, que não se confirmou, do irmão, o senador Álvaro Dias para candidato a vice-presidente na chapa do candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, Osmar disse que não houve nenhuma relação com a sua candidatura no Paraná. “O Álvaro havia sido indicado pela sua honradez e experiência. Uma aliança é feita entre partidos e não entre pessoas”, comentou.

Vice

Osmar disse que o candidato a vice-governador na sua chapa, o deputado federal Rodrigo Rocha Loures, foi uma indicação do vice-governador Orlando Pessuti e que não vetou nenhum dos outros nomes que estavam sendo listados pelo PMDB, como os deputados Caito Quintana e Marcelo Almeida.

“Não vetei ninguém. O Pessuti indicou e eu fiquei satisfeito”, afirmou. Sobre Rocha Loures, Osmar comentou que, além de representar a juventude, também tem inserção eleitoral em Curitiba e vínculos com o segmento empresarial.

Um setor que, historicamente, rejeita o PT, um dos seus principais aliados nesta campanha. “A indústria tem uma boa relação com as cooperativas e isso é importante. Porque eu continuo sendo o mesmo. Não mudei”, afirmou o senador.