Requião deixa o governo e vai dedicar-se a sua campanha para o Senado. “Mas só a partir de junho, pois ainda vou disputar a convenção do PMDB (para a presidência da República). Sei que vou perder, mas vou até o fim”.
Entra em cena, então, Orlando Pessuti (PMDB) que terá nove meses para conciliar a administração do Estado e a candidatura à reeleição. “Estou pronto, qualquer um que disputa o cargo de vice-governador tem que estar pronto para substituir o governador a qualquer momento. Foi para isso que fui eleito. Estou certo de que reúno as melhores condições para assumir o governo do Estado”, disse Pessuti, informando que ainda terá trabalho a fazer para cumprir o atual programa de governo, para só depois pensar na candidatura.
“Candidatura e o novo plano de governo para o período 2001/14, vamos pensar só a partir de junho. Agora temos que dar sequência no trabalho, concluir os hospitais, iniciar as obras já licitadas, seguir o plano que temos para até o fim de 2010”, disse.
Questionado sobre se mudará o estilo de governar, Pessuti disse que age de maneira diferente de Requião, “mas as duas formas são vitoriosas”. Ele garantiu que seguirá com as principais disputas, como a questão do pedágio e da multa cobrada pelo Tesouro Nacional por conta dos títulos adquiridos na privatização do Banestado. Pessuti garantiu, ainda, que manterá a Escola de Governo, reunião semanal da equipe de governo transmitida ao vivo pela Rádio e Televisão Educativa.
Uma das principais promessas de campanha de Requião era acabar com o pedágio ou baixar o preço da tarifa. Pessuti disse não acreditar em novos avanços nesses últimos meses, “pois o Requião tentou de todas as formas, inclusive com mais de 100 ações na Justiça resolver essa questão”.
Pessuti no entanto, não concorda que a promessa não tenha sido cumprida. “Baixar, nós baixamos, pois fechamos uma praça e construímos estradas alternativas. O motorista pode desviar de algumas praças, pagando menos pedágio. Então, reduzimos o valor que se paga pelo pedágio no Paraná”, argumentou.