Eleições 2010

Orlando Pessuti confirma que trabalha para ser nome do PMDB

O vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) não perdeu tempo. Ontem, após um almoço com os deputados estaduais da bancada do PMDB, na Assembléia Legislativa, Pessuti confirmou que está trabalhando para ser o candidato do partido ao governo em 2010.

Apontado pelos deputados, na véspera, como a principal alternativa peemedebista para a sucessão estadual, o vice-governador disse que a eleição de 138 prefeitos peemedebistas, nas eleições de domingo passado, faz parte da primeira etapa do seu projeto para conquistar o apoio do partido para a candidatura.

“A primeira etapa foi eleger os companheiros. Mas a grande base para a candidatura é ter a unidade do partido, deputados estaduais, federais, vereadores, prefeitos, em torno do projeto”, disse o vice-governador. Ele relatou ter percorrido mais de duzentas cidades durante a campanha eleitoral deste ano apoiando candidatos do PMDB e aliados.

A expressão do desejo de ser candidato desde já é necessária para que as condições internas sejam construídas a seu favor, disse o vice-governador. Pessuti disse que o senador Osmar Dias (PDT) saiu prejudicado nas eleições de 2006 por ter atrasado sua definição sobre a participação na disputa. “Eu não estou escondendo de ninguém. Quero ser o candidato do partido. E vou em busca”, afirmou.

Resistências

Além do apoio da maioria do partido, Pessuti sabe que também tem que conquistar o aval do governador Roberto Requião para a indicação na convenção. O vice-governador afirmou que já conversou com o governador sobre o assunto, mas de maneira superficial. Requião acha que, no momento apropriado, o partido tomará a decisão sobre o nome que lançará à sua sucessão, disse Pessuti.

Vice-governador duas vezes na chapa de Requião, nas eleições de 2002 e 2006, Pessuti disse que não tem dúvidas do apoio do governador em 2010. “Tenho certeza que terei o apoio dele. Não acho que ele tenha que sair, agora, esbravejando que nós seremos o candidato do partido. Isto vai acontecer mais adiante”, afirmou.

Sobre as especulações a respeito de uma suposta resistência do governador à indicação de seu nome para a sucessão, o vice-governador reagiu: “Sempre demonstrei lealdade, companheirismo e fidelidade ao governador. Sempre estive do lado dele. Ele estará do meu lado, como sempre estive do lado dele”.

Sobre os adversários, Pessuti acha que a situação não é tão promissora como se propaga ao grupo integrado pelo PSDB, PDT, PPS, DEM, que saiu fortalecido da eleição com o desempenho eleitoral do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB).

“Eles vão ter que decidir entre três nomes (Beto e os senadores Alvaro e Osmar Dias)”, disse. E completou: “O Beto chegou lá porque já era prefeito e não tinha oposição estruturada. Agora, vai ter oposição dentro do próprio grupo”, disse.

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