A oposição avalia que a entrevista do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, complicou sua situação. Parlamentares oposicionistas classificaram as respostas do ministro como evasivas e não viram qualquer avanço nas justificativas dadas até o momento para explicar o crescimento exponencial de seu patrimônio entre 2006 e 2010.

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Na avaliação do líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), Palocci “se afundou de vez”. O líder comparou a negativa em revelar o nome de seus clientes a uma “cláusula de casamento”. Para Demóstenes, Palocci pode estar impedido de contar “o que acontece no quarto”, mas não tem motivos para esconder o nome do parceiro.

O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), afirma que o ministro precisa colocar o interesse público a frente do de seus clientes. “Ele está colocando em risco o interesse público ao continuar agindo sem transparência e responsabilidade.”

Para o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), o ministro apenas “enrolou”. “Ele teve 15 minutos do Jornal Nacional e nada disse sobre seu trabalho de consultor, quem são seus clientes, quanto ele ganhou”, criticou. O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), destacou o comportamento de Palocci. “Ele já passou por muitas situações de pressão, mas deu sinais de profundo nervosismo, mãos entrelaçadas, boca seca.”

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Para o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), Palocci deixou em aberto questões fundamentais sobre as atividades da empresa de consultoria Projeto. “O ministro Palocci continua sem explicar para quem trabalhou, que trabalho fez e o quanto ganhou por isso”, disse Guerra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.