Oposição vai ouvir comissão sobre obras do Porto de Paranaguá

Integrantes da Comissão Especial de Estudos da Dragagem, instituída pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), estarão na Assembléia Legislativa na próxima segunda-feira, dia 13. Eles vão responder aos questionamentos dos deputados de oposição sobre a obra de dragagem do Canal da Galheta.  

?É fundamental que todas as dúvidas sobre a dragagem do Canal da Galheta, em Paranaguá, sejam completamente esclarecidas?, disse o líder do bloco de oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB). Ele foi o autor de uma denúncia de favorecimento à empresa Terminal de Contêineres de Paranaguá na solução sugerida pela Comissão para desobstruir o Canal da Galheta e que levou a comissão a se oferecer para prestar esclarecimentos aos deputados.

Rossoni disse que recebeu informações – ele não identifica a fonte – apontando que a TCP receberia uma parte da areia retirada do canal. Conforme o líder da bancada de oposição, um metro cúbico de areia dragada custa aproximadamente US$ 5, o que representaria um lucro de US$ 9 milhões para a empresa, que iria receber 1,8 milhão de metros cúbicos do material. O deputado tucano disse que a suspeita se baseia no fato de o presidente da comissão, Juarez Moraes e Silva, ser também o superintendente da TCP.

Em entrevista a O Estado do Paraná, o superintendente da TCP disse que a empresa não tem interesse na areia e que vai prestar todas as informações a Rossoni. O deputado disse que os esclarecimentos são necessários para que as suspeitas atuais não se transformem em futuras ações judiciais, que venham a retardar ainda mais as obras.

?A dragagem do Canal da Galheta vem sendo adiada desde 2003. Esse atraso já provocou prejuízos incalculáveis para o porto e para o Paraná?, diz o deputado. ?Desde 2005, a Capitania dos Portos proibiu a navegação noturna por falta de dragagem e sinalização. Essa interdição provoca um prejuízo estimado de US$ 500 mil por dia?, afirmou.

A Comissão Especial de Estudos é formada por representantes da Marinha do Brasil, da Appa, da Capitania dos Portos, do Sindicato das Agências Marítimas do Estado do Paraná (Sindapar), do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), da Paranaguá Pilots, da Associação de Defesa do Meio Ambiente e do Desenvolvimento de Antonina (Ademadan), dos armadores e dos Conselhos de Autoridade Portuária de Paranaguá e de Antonina. 

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