Enquanto os candidatos dos partidos aliados ao governo posam em fotografias ao lado do governador Roberto Requião (PMDB), os candidatos das siglas de oposição requisitam o senador Osmar Dias (PDT) como cabo eleitoral de suas campanhas pelo interior do Estado.

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Durante as duas semanas de recesso no Congresso Nacional, o senador cumpriu uma maratona de compromissos que incluiu gravações para programas de rádio e televisão e participações em inauguração de comitês eleitorais e lançamento de candidaturas.

Neste final de semana, Osmar segue na companhia de candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores em várias cidades do interior para reforçar suas campanhas.

Hoje, Osmar estará em Ribeirão do Pinhal, Cornélio Procópio, Leópolis, Nova Fátima e Bandeirantes. Na semana que vem, volta a Brasília para as sessões do Senado, mas já gravou três modelos de declaração de apoio para deixar à disposição dos aliados. “O pessoal prefere gravações personalizadas e vai ser um pouco difícil a partir de agora”, disse o senador.

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Apesar de estar na metade do mandato de senador e ter sido duas vezes secretário de Agricultura, Osmar viu seu cacife eleitoral subir nesta campanha depois de ameaçar a reeleição de Requião na disputa de 2006.

“Estamos sendo convidados por todos os lados e há uma expectativa de apoio em função do resultado da eleição passada. Vai ser difícil atender a todo mundo”, afirmou.

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Em Curitiba, Osmar já cumpriu agenda com o prefeito Beto Richa (PSDB), candidato à reeleição. Disse que está disponível, mas depende da iniciativa da coordenação de campanha do prefeito.

“Eles é que têm que ver como e onde eu posso ajudar”, disse o senador. Neste final de semana, ele participa de um jantar que os deputados estaduais de oposição estão organizando para a campanha de Beto.

Sem discriminação

Mas não são apenas os 105 candidatos a prefeito do PDT, do PSDB, PP e DEM que têm solicitado o reforço de Osmar nas campanhas. O senador pedetista também irá aos palanques que o PDT está dividindo com o adversário de 2006, o PMDB, que não são poucos nesta eleição.

Em Bandeirantes, onde estará hoje, Osmar vai se reunir com o candidato a prefeito do PDT, Celso Silva, que tem como candidato a vice-prefeito, o peemedebista Luiz Comegno.

Osmar disse que se fosse limitar sua participação nas campanhas apenas aqueles que o apoiaram na eleição para o governo seu roteiro iria se limitar a 29 cidades. Este foi o número de prefeitos que estiveram no seu palanque no segundo turno da eleição, lembrou.

“Se o candidato estiver nessa grande aliança de partidos que fizemos para esta eleição, tem meu apoio. Quando eu disse que não ficaram mágoas da campanha passada, fui sincero. Passei a régua no passado porque foi uma eleição atípica, em que um governador disputou a reeleição. E a pressão sobre os prefeitos foi maior”, disse.

Para Osmar, o foco da campanha municipal não está na disputa estadual de 2006. “Não está havendo essa vinculação com 2006. Essa já foi. Estamos pensando é na eleição de 2010”, afirmou.