A bancada de oposição ao governo do estado na Assembleia Legislativa conseguiu uma pequena vitória ontem, ao impedir que a proposta de reajuste salarial dos funcionários públicos fosse votada do jeito que ela estava. Com uma emenda apresentada pelos deputados, que prevê reajuste imediato de 8,17%, o projeto volta à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) hoje.
No entanto, dificilmente o governo perderá as votações hoje. Na CCJ, provavelmente a emenda será declarada inconstitucional, já que os deputados não podem criar custos pro Executivo. No plenário, à tarde, apesar de todas as derrotas que tem sofrido, o governo ainda deve ter pouco mais de 30 votos pra aprovar o projeto da maneira como deseja.
O projeto do governo prevê reajuste de 3,45% em parcela única a ser paga em outubro. Em janeiro de 2016, os servidores teriam a reposição integral da inflação de 2015, estimada em 8,5%. Em janeiro de 2017, além da reposição da inflação de 2016, os servidores teriam 1% de aumento real.
A proposta fez os professores da rede estadual aprovarem o fim da greve da categoria no final da última semana, após 44 dias de paralisação. Já os servidores e docentes das universidades aguardam a votação do projeto na Alep antes de tomar qualquer decisão.
O texto que prevê reajuste de 8,17% ainda este ano foi apresentado por Requião Filho (PMDB) e assinado por outros sete deputados. A oposição também quer que o texto votado garanta que o reajuste seja pago também sobre as gratificações e vantagens recebidas pelos servidores, uma vez que o projeto original prevê o aumento apenas sobre o salário-base. (Com informações de Rogério Galindo, da Gazeta do Povo)