Oposição também tem seus nomes para 2012

O presidente estadual do PT no Paraná, deputado Ênio Verri, confirma o projeto do partido de manter candidatura própria nas principais cidades do Paraná nas eleições municipais de 2012.

Além de Curitiba, o projeto do PT inclui Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu e Cascavel. Na capital, o deputado federal Dr. Rosinha (PT) saiu na frente e lançou sua pré-candidatura mês passado.

Verri lembra que o partido conta com outros nomes fortes que também podem fazer parte do próximo processo eleitoral, como o do deputado federal Ângelo Vanhoni e do deputado estadual Tadeu Veneri.

“Esses foram os nomes colocados até agora, mas o partido é muito democrático e podem surgir outras opções”, diz o presidente estadual do PT. Nas eleições de 2000, Vanhoni provocou o segundo turno contra Cássio Taniguchi (no então PFL), alcançando 35% dos votos.

No segundo turno, Taniguchi venceu com menos de 27 mil votos. Foi quando o PT chegou mais perto de assumir a prefeitura de Curitiba. Quatro anos depois, Vanhoni voltou à disputa, então contra Beto Richa (PSDB), quando a diferença foi então de mais de 86 mil votos para candidato tucano no segundo turno.

Nas últimas eleições municipais, Beto não teve dificuldades e venceu com 77% dos votos, contra 18% de Gleisi Hoffmann. “Em Curitiba, hoje a prefeitura está com o PSB, que nacionalmente faz parte da base do governo Dilma, mas na prática sempre fez campanha contra a gente. Vamos unificar as forças do PT em torno da candidatura e de outros partidos que compõem a oposição ao governador Beto Richa”, explica Verri. O atual prefeito, Luciano Ducci (PSB), duas vezes vice de Beto em Curitiba, já demonstrou vontade de lançar sua candidatura na capital.

Fábio Alexandre
Fruet: bom de voto na capital.

O impasse que se instala para o apoio do governador Beto Richa em 2012 é que o deputado federal Gustavo Fruet (PSDB), fortalecido mesmo sem conseguir se eleger senador no ano passado, também quer sair candidato a prefeito.

Embora continue no PSDB, caso enfrente resistências internas, Fruet pode virar um nome forte na oposição. Convites para ele deixar os tucanos não faltam. Para se preparar para disputar a prefeitura, Fruet recusou participar do secretariado de Beto. Fruet também já descartou a possibilidade de sair candidato como vice de Ducci.

No PMDB, o presidente estadual do partido, Waldyr Pugliesi, diz que para 2012 “tudo é possível”. “Não é nada estranho ter uma composição PMDB e PSDB; no ano passado tivemos deputados que trabalharam de maneira forte para o Beto, agora temos um secretário (Luiz Cláudio Romanelli, secretário do Trabalho e Emprego)”, analisa. “Não é que o partido não tenha nomes que possam ser lançados, mas temos que verificar quais nomes teriam viabilidade eleitoral”, diz.

Interior

Fábio Alexandre
Pugliesi: tudo é possível.

No noroeste do Estado, a perspectiva do PT é que Ênio Verri saia como candidato em Maringá, onde ele já disputou as eleições municipais de 2008, ficando com quase 22% dos votos.

Por enquanto, Verri evita confirmar a sua própria candidatura, mas avisa que o PT deve sair com um nome forte. Em Londrina, o PMDB conta com o ex-prefeito Luiz Eduardo Cheida, hoje deputado estadual.

Dando início ao seu décimo mandato, Pugliesi pode, no ano que vem, voltar a concorrer na prefeitura de Arapongas, onde foi prefeito por três vezes. Para outras cidades, Pugliesi não diz nem que sim, nem que não.

“Elenco tod,os os deputados estaduais e federais como possíveis candidatos a prefeituras, mas nas últimas eleições sofremos com questões em Ponta Grossa, Londrina e Cascavel”, afirma.

O prefeito de Paranaguá, José Baka Filho (PDT), no seu segundo mandato, organiza os aliados para eleger um sucessor. Sobre o racha com o PSDB estadual, Baka diz que em cidades menores, como Paranaguá, a coisa pode ser diferente.

“Meu vice é do PSDB e a questão partidária em cidade pequena não é uma fidelidade única”. Nome, até agora, é segredo. “Isso é estratégico para lançarmos na data certa. Não é necessariamente alguém do PDT, mas da base aliada. Temos três alternativas que estão tendo seu potencial de voto avaliado em pesquisa”, adianta.

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