Os representantes dos partidos de oposição na Câmara Municipal de Curitiba estão defendendo a participação da sessão paranaense da Ordem dos Advogados do Basil (OAB) na apuração das denúncias de irregularidades contra o vereador João Claudio Derosso (PSDB). A oposição está propondo que um representante da entidade acompanhe os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que se reúne na próxima segunda-feira (19) para começar a organizar a investigação. O pedido será apresentado formalmente na segunda-feira à direção da OAB.

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O temor da oposição é que a bancada governista assuma o total controle da condução da CPI, blindando o presidente da Câmara, acusado de beneficiar familiares em contratos de publicidade da instituição. As denúncias contra Derosso já foram examinadas pela Comissão de Ética, que apresentou um relatório pedindo o afastamento do vereador tucano da  presidência da Câmara.

Representante do PT na CPI, o vereador Pedro Paulo afirmou que a participação da entidade como observadora contribuir para reforçar a pressão social em defesa da apuração das denúncias. Uma das próximas entidades que devem ser convidadas a se juntar ao Movimento Fora Derosso é a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). “Como é uma entidade que realiza um trabalho contra a corrupção nós achamos importante a participação”, afirmou o vereador.

Na próxima reunião da CPI, os vereadores irão discutir um conjunto de normas para orientar o funcionamento dos trabalhos. Uma das preocupações é garantir que as reuniões sejam abertas ao público e que possam realizadas no plenário. No esboço de regulamento já apresentado pelos representantes dos partidos aliados de Derosso, uma das propostas é realizar “reuniões administrativas”. Para a oposição, seria a brecha para tornar as discussões fechadas à participação pública. “Pode haver casos em que os próprios depoentes peçam à justiça para depoimentos fechados. Mas não deve ser uma regra da Comissão”, afirmou Pedro Paulo. 

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