A oposição decidiu focar em entidades ligadas a prefeituras do PT e ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) o início dos trabalhos na relatoria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs. Novo relator da comissão, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), pretende apresentar amanhã uma proposta que inclui a quebra dos sigilos bancários de empresas suspeitas de irregularidades na prestação de serviços, a prefeituras petistas, entre elas a de São Paulo, na época de Marta Suplicy (PT), Nova Iguaçu, Recife e Fortaleza.

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Um relatório preparado por Virgílio pedirá ainda a investigação e a abertura de sigilos de cooperativas ligadas ao MST que receberam R$ 44 milhões do governo federal em seis anos. Aparecem no cronograma do senador tucano as cooperativas dos trabalhadores de reforma agrária de Santa Catarina e de São Paulo. Na sessão da CPI marcada para amanhã, o líder do PSDB deve fazer um discurso apontando o que não foi feito pela comissão até agora e o que deve ser realizado até fevereiro de 2010, prazo final dos trabalhos.

A oposição sabe que terá dificuldades em aprovar esses requerimentos. Em maioria na CPI, a base do governo tem levantado obstáculos às investigações que atinjam essas entidades. A estratégia dos tucanos é conseguir uma trincheira de negociação política para acelerar a instalação da CPI da Petrobras ou, caso contrário, transformar a da ONGs num palco de resistência, pelo menos no discurso, ao Palácio do Planalto.

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