Oposição quer auditoria no Paraná

O deputado Elio Rusch (DEM) defendeu ontem a realização de uma auditoria pela Secretaria do Tesouro Nacional nas contas do governo do Estado do ano passado. Rusch disse que a intervenção da Secretaria do Tesouro Nacional poderá determinar se o governo ou a oposição estão com a razão na discussão sobre o balanço financeiro de 2006.

A bancada de oposição acusa o governo de ter fraudado o demonstrativo financeiro do ano passado para encobrir um rombo e a liderança do governo garante que o ano fechou com sobra de recursos em caixa e que os adversários estão ?torcendo? contra o Estado.

A discussão contrapôs na sessão plenário de ontem Rusch, o líder do governo, deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB) e o deputado Reni Pereira (PSB). A publicação de um balanço de 2006 no Diário Oficial do dia 15 de junho com números diferentes daqueles apresentados no Diário Oficial de janeiro desencadeou novos questionamentos da oposição. O deputado Reni Pereira (PSB) disse que, no balanço de janeiro, o governo exibiu um superávit de R$ 12 milhões. No novo balanço, o saldo foi para R$ 291 milhões.

Pereira disse ainda que, diferente das informações prestadas em março no balanço do quadrimestre pelo secretário da Fazenda, Heron Arzua, na segunda versão do balanço, o governo retirou da coluna créditos a receber os R$165 milhões que esperava receber de volta após o esperado cancelamento das multas que vêm sendo aplicadas pelo governo federal devido ao não pagamento dos créditos podres assumidos pelo Estado no processo de privatização do Banestado.

O líder do governo explicou que os valores do balanço anterior eram provisórios e que somente mais tarde é que foram consolidados. Conforme Romanelli, depois que o sistema processou todas as informações, os números foram alterados e daí a necessidade de publicação de um novo balanço. Uma das mudanças foi a exclusão de um passivo de R$622 milhões correspondentes a contribuições que deixaram de ser feitas ao ParanaPrevidência, o fundo de pensão e aposentadorias dos servidores públicos estaduais. Como se trata de uma dívida que pode ser paga em mais de vinte anos, houve a transferência dos valores para os passivos de longo prazo. Com isso, o superávit aumento, explicou o líder do governo.

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