Gerson “Bambu” Klaina/O Estado
Sessão da Câmara teve mais um dia de protestos pedindo a sainda do vereador João Cláudio Derosso.

Diante das novas denúncias envolvendo o presidente da Câmara Municipal de Curitiba, João Cláudio Derosso, e da pouca efetividade das ações já adotadas pela Casa, a bancada de oposição na Câmara anunciou, na sessão desta terça-feira, que inicia, amanhã, a coleta de assinaturas para a instalação de uma CPI na Casa.

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“Os vereadores chegaram num ponto de saturação. Todos estão sendo cobrados. Chegou a hora de uma decisão política”, disse o líder da oposição, vereador Algaci Túlio (PMDB). Algaci disse que a oposição segue apoiando todas as outras iniciativas já adotadas na Casa, como a instalação de processo no Conselho de Ética e a proposta de abertura de uma comissão processante.

“Mas o conselho de ética se restringe ao decoro parlamentar. Mas o problema não é só esse. O instrumento da Renata (Bueno – PPS) é totalmente superado, anterior à Constituição. O instrumento certo é a CPI”.

Mesmo com o caso recente da CPI dos radares, que não conseguiu as 13 assinaturas necessárias para ser aberta, Algaci Túlio acredita que, agora, conseguirá as adesões que precisa.

“Os dois casos são muito graves, mas este é político, de maior repercussão. Todos os parlamentares estão sendo pressionados pelos seus eleitores, por seus partidos”, disse o vereador, que fez, nesta sessão, o comunicado de que proporá a CPI amanhã.

Líder da bancada do PT, o vereador Jonny Stica, disse que a CPI terá poderes maiores e será mais democrática que a Comissão Processante proposta pela vereadora do PPS. “Apoiamos a comissão processante, mas ela teria apenas três membros, que seriam escolhidos por sorteio. Há 63% de chances de não ter nenhuma vereador de oposição nesta comissão’, lembrou. “Além disso, a CPI tem poderes mais amplos, como o de convocar pessoas a prestar esclarecimento”, explicou.

Para a vereadora Professora Josete (PT) a pressão popular, que hoje, mais uma vez, lotou a ante-sala do plenário em protesto pelo afastamento de Derosso pode ser o diferencial entre a CPI da presidência da Câmara e a fracassada CPI dos radares. “Tem vereador que não assinou a CPI dos Radares que até já propôs o afastamento do presidente”, provocou.

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