Os presidentes dos três partidos que organizaram hoje um encontro para o lançamento da pré-candidatura de José Serra à Presidência – PSDB, DEM e PPS – fizeram discursos alinhados, ressaltando que o Brasil de hoje é uma conquista da alternância de poder e que é preciso continuar a avançar. “Reconhecemos que a vida do povo está melhor. O desafio é acelerar”, disse o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra. “O País não estaria nessa situação se lá trás o ex-presidente Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso não tivessem tido coragem e competência de implementar o Real”, prosseguiu o tucano.

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Ao destacar que José Serra é “o nome mais qualificado” para governar o País, o presidente do PSDB previu que a campanha deste ano será “a mais difícil” de todos os tempos. “Não podemos subestimar nossos adversários”, discursou. “Temos de eleger José Serra para colocar o Brasil nos trilhos”, completou, convocando a militância tucana, que lotou o Centro de Eventos Brasil 21.

Presidente do DEM, o deputado Rodrigo Maia (RJ), foi duro. Disse que o que preocupa os partidos de oposição é que o governo atual “não aceita críticas, não tolera adversários e opositores e não aceita a imprensa livre”. “Quantas vezes tentaram, e depois tiveram de recuar, na tentativa de controlar e manipular a liberdade de expressão?” Sem citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a pré-candidata do PT, a ex-ministra Dilma Roussef, Maia disse que o governo atual é “conivente com a corrupção” e que vai na contramão da história. “Enquanto o mundo quer unir, eles querem dividir. Dividir o Brasil entre ricos e pobres e, principalmente, entre companheiros e não-companheiros.”

Assim como Sérgio Guerra, que o antecedeu, Maia repisou que o Brasil não foi descoberto em 2003, “como quer fazer acreditar a pré-candidata a presidente petista”. Último dos três presidentes de partido a discursar, Roberto Freire, mirou no que chamou de “desrespeito à Justiça” o “deboche” do presidente à multa aplicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por causa “do reiterado uso da máquina pública na campanha eleitoral de Dilma”.

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Serra

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Cerca de meia hora depois ter sido retirado do salão principal do centro de convenções em que está sendo realizado o encontro de lançamento oficial de sua pré-candidatura à Presidência da República, José Serra voltou ao local do evento. Ele tinha sido levado para uma sala reservada, junto com o presidente de honra do partido, Fernando Henrique Cardoso, por conta da lotação máxima do local, que chegou a gerar um início de tumulto.

Pessoas chegavam a sair do centro de convenções por estarem se sentindo mal com o calor e a superlotação. Serra voltou ao salão principal justamente no momento em que o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE) ressaltava, em discurso, as qualidades do candidato. “José Serra é o quadro mais qualificado para comandar o Brasil”, disse, levando o público a aplaudir Serra.

Segundo Guerra, o Brasil precisa avançar, mas “avançar de verdade”. De acordo com ele, quem tem realmente as condições de ordenar esse processo, por estar mais bem preparado, é o candidato tucano. O senador comentou o fato de o centro de convenções estar lotado. “Não sabíamos e nem prevíamos que tanta gente viria aqui.”

Ele fez o primeiro discurso do dia, após execução do Hino Nacional e a apresentação dos governadores e senadores do PSDB, além de outros políticos aliados. Outros tucanos estão discursando no encontro e a previsão do cerimonial é de que o discurso de Serra será o último, precedido pelo o de Fernando Henrique.