No último dia de sessões plenárias na Assembleia Legislativa, que ficará fechada a partir da próxima segunda-feira, até o dia 18 de janeiro de 2010, os deputados de oposição fizeram um inventário negativo das ações do governo do estado este ano.
Mas o presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, avançou nas avaliações e previu um futuro de fracasso eleitoral para o governador Roberto Requião (PMDB), que deve deixar o cargo no início de abril do próximo ano para concorrer ao Senado ou à presidência da República, se for indicado na convenção nacional do partido.
“Se o governador Requião não estabilizar sua situação política, pode levar o maior susto de sua vida. Ele corre o risco de perder a eleição ao Senado no próximo ano”, disse o dirigente estadual do PSDB, cobrando de Requião a execução de várias obras prometidas pelo governo. “São vinte e quatro hospitais sem terminar, mais de duzentas escolas novas prometidas. Desse jeito, ele pode ser mandado para casa no próximo ano”, disse.
O líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), respondeu ao tucano, lembrando que dos sete deputados do PSDB, cinco apoiam o governo. “Quero agradecer aqui o apoio da bancada do PSDB, que é absolutamente co-responsável por este belo governo que estamos fazendo. É uma valorosa bancada que dá sustentação política ao nosso governo”, rebateu.
Romanelli integra a ala peemedebista que costura uma aproximação com o PSDB nas eleições do próximo ano. Rossoni é contra este acordo, mas se comprometeu com lideranças tucanas próximas ao prefeito de Curitiba, Beto Richa, em não interferir nas negociações.
O líder da bancada de oposição, Elio Rusch (DEM), concentrou as críticas no plano administrativo, citando que existem vários problemas pendentes no governo. Entre os exemplos, Rusch mencionou o resgate dos títulos podres de Alagoas, a compra do terreno para o estacionamento do Centro Judiciário, que ainda não foi estabelecido.
Ele criticou também o uso indevido da Rádio e Televisão Educativa do Paraná (RTVE) para promoção pessoal e para atacar adversários políticos, que já rendeu multas no valor de R$ 850 mil ao governador e cobrou do Estado a regularização da dívida que tem com a ParanáPrevidência.