Oposição e PFL disputam o apoio de Mauro Moraes

Na reta final do processo de definição de alianças, o passe eleitoral do deputado estadual Mauro Moraes (PL) está sendo objeto de uma acirrada disputa entre o PMDB/PT e o PFL.

O deputado, que ocupa o terceiro lugar nas pesquisas de intenções de voto já divulgadas para a Prefeitura de Curitiba, continua resistindo às propostas de acordo, mas a decisão final somente será conhecida na convenção do partido, marcada para amanhã, no Clube Literário, no bairro Portão.

O PFL ofereceu a Mauro Moraes a candidatura a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo vereador Osmar Bertoldi. O PT e PMDB acenam com várias possibilidades e levam vantagem por terem o reforço da direção nacional do partido na pressão sobre Moraes. O PL apoiou o PT no primeiro turno da eleição para o governo e o governador Roberto Requião no segundo turno da eleição de 2002. Além disso, o partido faz parte da base de apoio do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e tem o vice-presidente da República, José Alencar.

Integrantes do PL revelam que até mesmo uma candidatura a vice-prefeito não é descartada pelo PT e PMDB para Mauro Moraes se o partido fechar o apoio ao deputado estadual Angelo Vanhoni. A vaga já tem dono, o ex-secretário de Assuntos Estratégicos Nizan Pereira, mas segundo setores do PL, pode haver uma “remoção” para abrigar Mauro Moraes.

O presidente do diretório municipal do PMDB, Doático Santos, disse que a acomodação não é cabível no acordo. “Isso implicaria a rediscussão do papel do PMDB, o que não é possível”, ressaltou.

O presidente do diretório estadual, deputado federal pastor Oliveira, afirmou que não abre mão de ter o partido disputando a eleição com um candidato próprio, mas se for para compor, será com a aliança PT-PMDB. “Se for para o Mauro ser vice de alguém, tem que ser do primeiro colocado nas pesquisas”, disse. Sobre o fato de a vaga de vice na chapa de Vanhoni já estar ocupada, o dirigente do PL comentou: “O Nizan que me desculpe. Eu o respeito muito. Mas eu e ele sabemos que ele está pronto para sair”. Oliveira acha, entretanto, que vai conseguir manter a posição da candidatura própria. “Só mudamos nosso projeto se o diretório nacional decretar intervenção. O que é difícil. Mas não impossível”, observou.

Diálogo

Mauro Moraes desconversa sobre a proposta da candidatura a vice-prefeito, mas confirma que continua mantendo contato com os dois partidos. “Os partidos procuram. Não podemos fechar as portas”, disse Mauro Moraes. Segundo ele, a posição da direção nacional do PL não terá tanto peso na decisão do partido em Curitiba. Ele disse que a candidatura a prefeito é imprescindível para que o partido atinja sua meta de eleição de pelo menos cinco vereadores.

Além do patrimônio eleitoral de Moraes – ele varia entre 9% e 12% das intenções de votos na capital – o tempo do PL no horário eleitoral gratuito em rádio e televisão também atrai petistas, peemedebistas e pefelistas. O PL soma mais três minutos numa coligação.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo