Oposição e governo avaliam cem dias

O ritmo do governo está mais acelerado e os programas funcionam a pleno vapor, diz o líder do governo da Assembléia Legislativa, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), ao analisar os primeiros cem dias do terceiro mandato do governador Roberto Requião (PMDB). Para o líder da bancada de oposição e presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, a marca dos cem dias de governo é o conflito, que prejudica o andamento dos programas.

Romanelli disse que a imagem de desordem e de beligerância está sendo produzida pela mídia, que encampou a pauta dos adversários do governador. E este processo começou desde a campanha eleitoral do ano passado, assinalou o líder do governo, que não identifica descompassos na equipe ou problemas administrativos, mas apenas o que chama de ?tensionamentos naturais ? localizados, que têm sido amplificados pelos adversários. ?O que o governo não faz é se deixar levar por essa pauta?, acrescentou.

O líder do governo afirmou que os cem dias são a extensão dos quatro anos anteriores, sem nenhum momento de interrupção na linha de ação. ?Nós trabalhamos com um planejamento de longo prazo. São cem dias de continuidade em relação aos programas que já vinham sendo executados. Agora, existem os grupos de pressão atuando para levar à opinião pública a impressão de que a ação do governo está desordenada?, disse.

As críticas ao funcionamento do Porto de Paranaguá são citadas por Romanelli como exemplo da estratégia da oposição aplicada em várias áreas. ?Os grupos de pressão são tigres de papel. Criam-se vários factóides para dar a impressão que existem problemas graves no porto. Na vida real, as coisas continuam funcionando normalmente. Assim é quando a oposição quer dar a dimensão de caos na segurança pública. O que está acontecendo é que estão escandalizando várias questões?, disse.

Desacertos

O que Romanelli considera como desavenças pontuais, como a que resultou na saída do procurador Sérgio Botto de Lacerda da Procuradoria-Geral do Estado, Rossoni vê como o reflexo da desunião e da falta de projeto de Estado. ?O desacerto interno está na vista de todos nós. Os velhos companheiros do governador estão insatisfeitos. E ele, a cada semana, escolhe um oponente para desmontar?, atacou.

As áreas de agricultura e segurança são apontadas por Rossoni como as mais críticas deste início de governo. Ele cita que a agricultura tem o menor orçamento dos últimos vinte anos e que a criminalidade cresce, sem sinais de recuar. ?Na agricultura, o governo não existe. Tem 1.9% do Orçamento para a área. As poucas ações que temos são com recursos do governo federal. Já na segurança, o discurso se choca com a realidade. O cidadão está desprotegido?, afirmou. 

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo