A oposição criticou a “falta de espírito democrático” da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência. Hoje no Rio, Dilma afirmou que a demora do Congresso em aprovar o projeto de capitalização da Petrobras atrapalha a conclusão dos planos de investimento da estatal.
“A ministra tem falta de compreensão acerca do regime democrático”, rebateu o deputado do PSDB, Arnaldo Madeira (SP). “Uma afirmação dessa não poderia vir de uma pessoa que se apresenta como candidata à Presidência. Será que a ministra Dilma prefere o regime do Chávez?”, ironizou o tucano, numa referência ao presidente venezuelano Hugo Chávez.
Madeira ressaltou que projetos como o que trata da capitalização da estatal exigem debates estruturados e não podem ser votados sem a devida análise por parte de deputados e senadores.
“Não faz tanto tempo assim que o projeto da Petrobras está no Congresso. Uma matéria com complexidade não pode ser votada sem que ocorra uma discussão profunda”, disse o deputado tucano.
Líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), também reagiu com indignação à acusação de Dilma. Para ele, nem a ministra nem o governo podem fazer tal afirmação.
“Qual é a autoridade moral que um governo que não consegue sequer executar 20% de seu principal projeto (o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC) tem para cobrar agilidade do Congresso?”, questionou Agripino.
Para o senador, o Congresso tem dado apoio a todos os importantes projetos do governo. Ele citou como exemplo o programa Minha Casa Minha Vida. “Não estamos deixando de discutir nada, mas não podemos votar de forma irresponsável”, afirmou.