Oposição deu tiro no pé ao rejeitar a CPMF, diz Dirceu

O ex-ministro da Casa Civil e deputado cassado, José Dirceu, afirmou neste domingo (16) que a oposição deu "um tiro no pé" ao derrubar a CPMF e sentirá os efeitos nas urnas nas próximas eleições. Dirceu, que votou na eleição interna do PT no final da manhã, disse que a oposição demonstrou à sociedade que está disposta a prejudicar o crescimento do País apenas para atingir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Isso que a oposição fez é um tiro no pé dela mesma. A sociedade vai ver que ela apostou no quanto pior melhor, apostou em desorganizar as contas públicas, apostou em desgastar o governo, apostou em parar o crescimento do País", disse Dirceu. "É uma coisa inacreditável. Nem o PT, em seus piores momentos, fez uma coisa dessas", completou. Segundo ele, o PT enterrou essa maneira de fazer oposição em 1999, quando o partido rejeitou uma campanha pelo "Fora FHC" durante congresso realizado em Belo Horizonte.

Resultado nas urnas

Ao afirmar que o resultado será sentido nas eleições, Dirceu apoiou-se no slogan publicitário da fabricante de eletrodomésticos Brastemp para minimizar o potencial dos PSDB e do DEM, antigo PFL, nas urnas. "Eles também não estão essa Brastemp para as eleições, o PSDB e o PFL", declarou.

Ele reconheceu que o PSDB tem nos governadores José Serra e Aécio Neves dois nomes de peso para a briga pela sucessão de Lula, mas insistiu que o PT tem condições de eleger o novo presidente. Mais uma vez, ele destacou que, para isso, basta a união de forças com o presidente Lula e o PMDB. "Nós temos força. Se o presidente e o PT se unirem, com o PMDB junto, nós vamos eleger o presidente da República. A chave é o PMDB", afirmou.

Ainda assim, Dirceu afirmou que "há males que vêm para bem". Ele voltou a defender, por exemplo, que governo e oposição aproveitem o momento para unir forças para realizar as reformas política e tributária.

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