Oposição denuncia licitação para compra de draga

O adiamento da abertura das propostas para a compra da draga do Porto de Paranaguá foi uma medida para beneficiar a empresa Interfabric Indústria e Comércio Ltda.

A denúncia foi feita ontem, 1º, pelo líder da bancada de oposição, Elio Rusch (DEM), que revelou ter havido no intervalo entre a data original e a prorrogação uma alteração no contrato social da empresa, registrada em nome de Georges Pantazis e Claudia Maria Richter.

Na mudança, a empresa incluiu o equipamento como alguns dos produtos que passou a comercializar. “Antes, sua carteira de mercadorias era de medicamentos, ração e produtos eletroeletrônicos”.

As classificadas para a concorrência internacional, no valor de R$ 46 milhões, deveriam ter sido conhecidas no dia 8 de outubro. Mas com a alegação de que seria concedido mais prazo para que outros interessados pudessem se habilitar a fornecer o equipamento, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) alterou para o dia 29 de outubro a abertura das propostas. Segundo Rusch, no dia 9, a Interfabric fez a mudança no contrato social.

Um dos sócios da empresa, com sede em São José dos Pinhais, Pantazis ficou conhecido por ter negócios com o governo Lerner. Em 1999, ele venceu licitação para produzir jaquetas para a Polícia Militar em 1999 e não entregou a encomenda.

“O produto não foi entregue. Uma empresa que dá calote no poder público não poderia participar de qualquer licitação”, apontou Rusch. O governo ainda não fechou a compra da draga. Uma comissão está na China para vistoriar os equipamentos.

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