Fotos: Fábio Alexandre/O Estado

Rossoni: desafio da oposição será trabalhar bem articulada.

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A base aliada do governo e a bancada de oposição estão otimistas com suas articulações políticas para a próxima legislatura, que iniciará na Assembléia Legislativa em fevereiro de 2007. A bancada governista avalia que saiu fortalecida das urnas, elegendo grande número de deputados, além de ter deputados tucanos e petistas como prováveis aliados. Já a bancada de oposição comemora o aumento do número de deputados em suas fileiras, que teria saltado de sete para 15 parlamentares.

O atual líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado reeleito Dobrandino da Silva (PMDB), considera que a bancada da base aliada saiu fortalecida das urnas, pois o PMDB elegeu 17 deputados e o principal objetivo no início da legislatura, em 2007, será articular a nova base de apoio. ?Pois há novos deputados entrando na Assembléia?, diz.

Dobrandino: objetivo principal é articular a nova base de apoio.

Segundo o ex-chefe da Casa Civil, deputado reeleito Caíto Quintana (PMDB), as articulações da bancada aliada estão consolidadas, já que a legenda elegeu um grande número de parlamentares e conta com um amplo número de aliados. ?Foram eleitos 17 parlamentares do PMDB, mas o Geraldo (Cartário) deixou o partido. Há também um grupo de deputados do PSDB que nos apoiou na eleição e deve continuar com o governo?, diz.

Quintana afirma que o PT também deverá estar na base aliada do governo. Segundo ele, o PT tem declarado que pretende dar apoio ao governo do Estado, contanto que, em contrapartida, os deputados federais peemedebistas apóiem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. ?A bancada do governo saiu das urnas bem fortalecida?, diz.

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Quintana prevê que o governo deve ter uma base sólida até 2008, quando ocorrem as eleições municipais. As disputas partidárias, avalia ele, podem gerar algumas turbulências, interferindo na relação entre as legendas na Assembléia. ?Normalmente as coligações nos municípios acabam por não interferir muito. Mas  às vezes podem acarretar em alguns estremecimentos?, afirma.

Oposição

O atual líder da bancada de oposição, deputado reeleito Valdir Rossoni (PSDB), afirma que para a próxima legislatura haverá um crescimento no número de parlamentares adversários ao governo. ?Fizemos duas reuniões e já sabemos quem são os deputados que estarão conosco. Estávamos em sete ou oito. Agora seremos aproximadamente 15 parlamentares?, disse.

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Segundo Rossoni, o desafio da oposição será o de trabalhar bem articulada. ?Minha proposta é de dividir as áreas de trabalho, para cada deputado fazer a fiscalização de um setor?, explica. Para Rossoni, o trabalho da oposição passa a ser mais importante que o dos deputados que acompanham o governo. ?Porque em governo, se não houver oposição forte, firme e determinada fiscalizando, há pessoas que não têm limites?, diz.

A respeito de seus colegas tucanos que têm apoiado o governador Roberto Requião (PMDB) e que devem continuar na base aliada, Rossoni falou que o fato não o agrada, mas não há o que se fazer. ?Não temos fidelidade partidária. O partido deve discutir a questão. Sou presidente estadual do PSDB e vou guardar manifestações dos próprios deputados do partido?, afirmou.

Já o vice-presidente estadual do PFL, Durval Amaral, afirma que é presumível que os partidos que apoiaram a candidatura do senador Osmar Dias (PDT) e a de Rubens Bueno (MD) permaneçam como adversários do governo. ?Como houve uma disputa acirrada para o governo, é de se esperar que isso ocorra, sob pena de que haja uma desconfiguração da oposição?, diz. Para Amaral, o fato de Requião não poder se reeleger novamente também deve ajudar a fortalecer a oposição. ?A perspectiva de reeleição seduz muitos parlamentares a ficarem do lado do governo?, avalia.