Partidos de oposição acreditam que a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sairá desgastada do episódio do apagão aéreo – e já se preparam para tirar proveito disso nas eleições municipais do ano que vem. Os desacertos da crise teriam efeito, principalmente, sobre o voto da classe média.

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O primeiro partido a levar essas críticas ao rádio e à televisão será o PPS, em outubro. A legenda planeja usar, no seu horário político gratuito, imagens da confusão nos aeroportos e as manifestações desastradas do governo. Como a do assessor presidencial Marco Aurélio Garcia, fazendo gestos obscenos enquanto assistia, no Jornal Nacional, a reportagem que indicava a possibilidade de o acidente da TAM ter sido provocado por falha mecânica.

Trata-se de um novo fator num cenário eleitoral marcado pela indefinição. Ela pode ser percebida pela situação de quatro das maiores das cidades brasileiras: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e São Paulo. Nas três primeiras, os atuais prefeitos não podem se reeleger e procuram sucessores. Na capital paulista, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) pode concorrer a novo mandato, mas precisará medir pela primeira vez seu cacife eleitoral numa votação para cargo executivo.

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