As novas denúncias publicadas pela revista Veja deverão facilitar o recolhimento de assinaturas na Câmara e no Senado para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o enriquecimento do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. O líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), está convicto de que será possível obter as 27 assinaturas necessárias para a criação da CPI.
“É inevitável a CPI. Todos aqueles que estavam aguardando um parecer da Procuradoria Geral da República para decidir o que fazer, agora não vão ter como não assinar o pedido de CPI”, disse Demóstenes. Faltam oito assinaturas para que a comissão possa funcionar no Senado. “Mas com essa denúncia, acho que vamos conseguir um número superior às 27 assinaturas”, observou
A expectativa é que os senadores do chamado “PMDB rebelde” assinem todos a CPI – até agora só os peemedebistas Roberto Requião (PR) e Jarbas Vasconcelos (PE) aderiram ao pedido de CPI
Para o líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), a situação de Palocci é “insustentável”. “Não tem mais como ele ser mantido como ministro”, disse. A oposição vai insistir para que Palocci seja convocado para depor na Comissão de Agricultura. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), vai decidir se a convocação aprovada na Comissão na quarta-feira é válida ou não.