Senadores da oposição abandonaram nesta tarde a sessão da CPI da Petrobras. Segundo o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), enquanto não houver uma reunião reservada entre representantes do governo e da oposição para fazer “acordos de procedimento”, a oposição não comparecerá mais às reuniões.

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Os senadores oposicionistas decidiram se retirar da sessão porque o depoente marcado para falar hoje, Erardo Gomes Barbosa Filho, gerente Executivo de Serviços da área de Exploração e Produção da Petrobras, não compareceu à reunião. Em seu lugar, a Petrobras enviou Antônio Gomes Moura, gerente de Planejamento Financeiro e Gestão de Risco, e Antonio Carlos Justi, gerente da construção plataforma P-54.

Moura e Justi já haviam dado início à explicação sobre denúncias investigadas pela Operação Águas Profundas quando o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pediu a palavra para anunciar que a oposição estava abandonando a reunião, uma vez que aqueles não eram os depoentes aprovados pela comissão. Apesar da debandada, a reunião ainda está em curso, estando presente apenas o presidente da comissão, senador João Pedro (PT-AM).

“Isto é uma farsa, não vamos entrar aí”, disse o senador ACM Júnior, que chegou à comissão quando Álvaro Dias e Sérgio Guerra saíam da sala. “Enquanto não houver uma reunião reservada para lavar roupa suja e fazer acordo de procedimento, não voltaremos à CPI”, disse o senador.

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A CPI da Petrobras não se reunia há três semanas, quando o relator das investigações, senador Romero Jucá (PMDB-RR), prometeu à oposição realizar reunião administrativa para acertar a possibilidade de a base aliada aprovar pelo menos alguns dos requerimentos apresentados pela oposição. Esta reunião, no entanto, foi adiada duas vezes e nunca ocorreu.