As cúpulas do PT, PDT, PRB e PCdoB formalizam na segunda-feira a aliança de oposição para disputar o governo de São Paulo em 2010. O encontro acontece na sede do PDT na capital paulista, às 16 horas, e o grupo, que pretende adotar a bandeira contra o PSDB, espera ainda, no futuro, a adesão do PR e PSB. A coalizão deve transformar-se numa coligação após as convenções partidárias, em meados de 2010.

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Segundo o presidente do Diretório Estadual do PT, Edinho Silva, o encontro discutirá as metas da união para tentar governar São Paulo. “É a primeira conversa dessa frente política que terá um projeto de governo para o Estado”, afirmou à Agência Estado. Edinho Silva procurou representantes do PR no Estado, considerou que as conversas foram “muito boas” e afirmou esperar que o partido participe das próximas reuniões.

Com o PSB, a história é diferente. O PT conversou com o presidente do Diretório Estadual do PSB, deputado Márcio França, e com o deputado Ciro Gomes (PSB-SP). “O PSB tem um projeto nacional, mas, independente disso, temos certeza que estaremos juntos nas eleições aqui em São Paulo, pois o partido é fundamental para a aliança de oposição”, concluiu o presidente do Diretório Estadual do PT de São Paulo.

Na prática, as outras legendas de oposição aguardam a definição de Ciro sobre se será candidato à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é a intenção dele, ou ainda ser alçado a candidato a governador de São Paulo, Estado para o qual mudou o domicílio eleitoral recentemente. Com Ciro candidato em São Paulo, o grupo poderia até apóia-lo em detrimento de candidatos do PT.

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Sabatinados

Os pré-candidatos petistas, aliás, começam a ser sabatinados pela executiva estadual da sigla também na segunda-feira, e o primeiro convidado é o prefeito de Osasco, na região metropolitana, Emídio de Souza (PT). Em seguida, devem ser ouvidos o ministro da Educação, Fernando Haddad, os deputados Antonio Palocci (PT-SP) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), a ex-prefeita e ex-ministra do Turismo Marta Suplicy (PT) e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).

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No entanto, nenhum dos candidatos conseguiu apoio formal dos filiados para formalizar a pré-candidatura a governador. Pelas regras internas, o interessado em ser candidato a candidato a governador pela agremiação precisa reunir ao menos 2.970 assinaturas de petistas – 1% dos 297 mil em São Paulo. As indicações começaram a ser aceitas no domingo.