Uma série de operações desencadeadas a partir de julho do ano passado – Sépsis, Greenfield 1 e 2, Carne Fraca e Bullish – arrastaram um dos maiores conglomerados empresariais do País para um acordo de colaboração com a Justiça.

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As empresas do grupo J&F, controlado pelos irmãos Wesley e Joesley Batista, apareceram na Lava Jato em 2014, primeiro ano da operação. Na época, a JBS S.A. foi incluída na quebra de sigilo de uma das empresas de fachada ligadas ao doleiro Carlos Habib Chater. Depois disso, as empresas do grupo deixaram o noticiário relacionado à operação. No ano passado, no entanto, a partir da Sépsis, a maior produtora de proteína animal do mundo entrou no radar dos investigadores.

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A Séspis mostrou detalhes da delação do ex-dirigente da Caixa Fabio Cleto sobre pagamento de propina para liberação de aportes do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS). Entre as empresas beneficiadas pela organização criminosa formada, segundo investigações, por Cleto, pelo deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e pelo operador Lúcio Funaro estava a Eldorado Celulose, do grupo J&F.

Na Greenfield, os investigadores apuraram irregularidades nos repasses do Funcef e do Petros, fundos da Caixa e Petrobrás, respectivamente, no FIP Florestal, responsável por investir na Eldorado Celulose. Por causa dos indícios de irregularidades, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal em Brasília, afastou Joesley e Wesley do comando das empresas do grupo – o que teria sacramentado a escolha de Joesley por um acordo de delação.

Enquanto via suas empresas entrarem uma a uma na mira dos investigadores, Joesley negociava o acordo, recém-homologado. Entre abril e maio, a J&F ainda viu a PF realizar Operação Carne Fraca contra possíveis pagamentos de propina em frigoríficos da JBS e também foi alvo da Operação Bullish. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.