Está chegando a hora da verdade para oito partidos políticos, os pequenos e médios. Para sobreviver, terão de conquistar, nas eleições de 2006 para a Câmara, 5% dos votos nacionais e 2% dos votos em nove estados. A principal providência desses partidos até agora tem sido reforçar a nominata de candidatos a deputado federal. Para isso, além de filiar novos líderes comunitários e regionais, procuram atrair deputados eleitos por outros partidos. A maioria também tem optado por realizar coligações nas eleições para a Câmara e assembléias legislativas e pretende lançar candidatos a governadores nos estados que puderem.
Os partidos que não atingirem o percentual previsto por lei perderão o direito à propaganda gratuita no rádio e na TV e passarão a receber recursos apenas residuais do Fundo Partidário, que chegou a R$ 113 milhões em 2004.
Estão nessa incômoda situação três partidos que em 2002 fizeram pouco mais de 5% dos votos: PP, PSB e PDT. E outros cinco que tiveram votação ainda menor: PTB, PL, PPS, PCdoB e PV. Eles ainda tentam mudar a Lei Eleitoral para reduzir a cláusula de desempenho de 5% para 2% dos votos nacionais para a Câmara. Mas, como esta possibilidade é cada vez mais remota, eles já estão se organizando para atingir os 5% dos votos nacionais.
Metade dos partidos ameaçados (PP, PTB, PL e PV) já decidiu que não vai fazer coligações nas eleições para a disputa pela Presidência da República. Isso vai permitir que eles peguem carona nos estados com as candidaturas e aliados mais convenientes do ponto de vista eleitoral.