Uma opção já cogitada por Beto Richa para melhorar as finanças do Estado é a contratação do trabalho do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), que segundo o governador eleito pode fazer mudanças significativas nas receitas e gastos da gestão, depois de fazer um pente-fino em cada ponto que demanda recurso. O auxílio do INDG foi utilizado na gestão do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves. Beto também já deixou bem claro que, antes de qualquer investimento, vai “fechar as torneiras” dos gastos até ter uma dimensão exata do que acontece no Paraná.
Se depender da análise preliminar do deputado Nereu Moura (PMDB), relator do projeto de orçamento para o próximo ano, vai haver dificuldade para cumprir todos os investimentos, conforme foi informado durante esta semana na Assembleia Legislativa. O projeto de orçamento paranaense para 2011 prevê um crescimento de 7,15% nas receitas totais, que devem alcançar R$ 26 bilhões. Segundo o deputado peemedebista, o comportamento da arrecadação, que está em tendência de queda, também limita a margem de ação do próximo governo estadual.
Obras importantes de melhoramento da operação do Porto de Paranaguá, por outro lado, embora muito comentadas e prometidas durante o período eleitoral, não dependem do orçamento estadual a ser aprovado. Ou é recurso federal, que está previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ou é recurso próprio da autarquia. A obra de remodelação do cais e ampliação do cais à oeste, Projeto Cais Oeste, já foi licitada, com previsão de custo de R$ 95.794.088,21, a ser paga com recursos próprios da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). A obra de dragagem de manutenção, também de responsabilidade de pagamento da Appa, ainda não tem valor definido porque está em fase de estudos. A obra de dragagem de aprofundamento, prevista no PAC, está estimada em R$ 52 milhões. Segundo a assessoria de imprensa da Appa, a autarquia tem hoje em caixa mais de R$ 400 milhões.