OAB do Paraná adia decisão em Curitiba

O Conselho Pleno da Seccional Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR) decidiu ontem adiar a votação que pode extingüir a Subseção Curitiba da OAB. Depois de duas horas e quarenta minutos de discussão, os conselheiros aceitaram a sugestão de Alfredo de Assis Gonçalves Neto, de conceder mais dez dias para que os integrantes da Subseção Curitiba possam ter tempo para apresentar seus argumentos. Foi Gonçalves, em conjunto com outro conselheiro, Renato Kanayama, que propuseram a extinção da mesma.

A próxima reunião acontecerá em abril. Uma hora antes da reunião do conselho, cerca de 40 advogados fizeram um protesto para que fosse mantida a Subseção.

O presidente da OAB-PR, Manoel de Oliveira Franco, afirmou que o motivo para a extinção da Subseção é que não há justificativa para que ela exista na capital. "A Subseção Curitiba é um departamento da OAB-PR. Não tem função hoje e não há justificativa para gastos e despesas com ela. Não é uma questão política."

Segundo Gonçalves, quando foi presidente da OAB-PR, defendeu a criação da Subseção de Curitiba, para permitir que o Conselho Seccional pudesse cuidar do Paraná como um todo, sem se desviar dos problemas gerais do advogado em todo o território estadual, para ficar centrado, como ficava, nos problemas de Curitiba. "A prática, porém, revelou que eu estava equivocado e, por isso, considerei ser meu dever tomar a iniciativa de tentar corrigir o equívoco. Não imaginei que o assunto fosse tornar-se panfletário, mas estou ciente do seu custo político, já que confere discurso para o surgimento de alguma chapa de oposição na futura disputa eleitoral de nossa entidade", disse Gonçalves, referindo-se às eleições da OAB-PR neste ano.

Para o presidente da Subseção Curitiba, Marlus Arns de Oliveira, a OAB não tinha e continua não tendo condições de atender os cerca de 14 mil advogados inscritos na cidade. "O grupo político da atual gestão está se sentindo ameaçado. Isso ficou muito claro quando recebi cópia do processo, em que se diz que não é interessante, politicamente, manter a Subseção", disse.

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