Novo presidente da Delta leva documentos à CPI

O engenheiro Carlos Alberto Verdini, novo presidente do Conselho de Administração da Delta Construções, empresa envolvida no escândalo da máfia dos caça-níqueis, foi ao Senado nesta quarta-feira para entregar documentos à CPI mista que investigará o envolvimento do empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com parlamentares e outros agentes. A posição da empresa é de se colocar à disposição para que se apure o caso a fundo, disse Verdini, em uma chegada tumultuada ao Congresso, diante de um grande grupo de profissionais da imprensa. A nota destaca que Verdini pertence aos quadros da Delta desde 2003.

Enquanto caminhava pelos salões do Congresso em direção à presidência do Senado, Verdini evitou comentar a prisão do ex-diretor da Delta, Cláudio Abreu, e o afastamento temporário de Fernando Cavendish e Carlos Pacheco da cúpula da empresa. Verdini está agora ocupando o cargo de Cavendish. “Temos de preservar nossos 35 mil colaboradores e a continuidade de uma empresa de meio século”, se limitou a dizer.

Assessores da Delta divulgaram um comunicado de duas páginas com 11 pontos. No documento, a empresa “lamenta” episódios ligados a Cachoeira envolvendo seus funcionários. “Foi determinada a realização de uma ampla auditoria nos assentamentos da empresa para averiguar todas as práticas de responsabilidade da diretoria do Centro-Oeste. O objetivo é o de verificar, com base nos dados imediatamente disponíveis à empresa, em que extensão essas ações foram executadas, burlando os procedimentos de controle praticados na companhia”, diz um dos pontos.

No comunicado, a Delta diz que as conclusões e documentos da auditoria serão colocados à disposição das autoridades. Em outro ponto, a empresa ressalta que Fernando Cavendish e Carlos Pacheco decidiram licenciar-se da administração da companhia pelo prazo necessário para garantir a isenção da auditoria. “A Delta Construções tem convicção de que o empenho de seus mais de 30 mil empregados que diariamente comparecem a seus postos de trabalho nas 195 obras atualmente em andamento em todo o Brasil será fundamental para superar as dificuldades neste momento enfrentadas”, cita o texto.

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