Em suas primeiras palavras como líder da bancada do PT em 2016, o deputado Afonso Florence (BA) pregou que seus colegas defendam abertamente no Congresso o projeto petista e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Vamos dar continuidade ao trabalho de colocar o PT no centro da discussão política nacional que lhe cabe, além de fazer a defesa do projeto, do partido, dos seus filiados, dos empregos, dos direitos sociais, e também das nossas personalidades atacadas de forma insustentada, sem prova, parte de uma disputa política, eleitoral. Fazer uma defesa da democracia”, disse em seu discurso.

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“Estamos vivendo uma quadra da democracia onde habeas corpus não tem valor que teve em outras oportunidades, inclusive no regime de exceção, onde prisão temporária tem tempo indeterminado”, completou.

Em sintonia com as declarações do presidente nacional do PT, Rui Falcão, o novo líder prestou solidariedade ao ex-presidente Lula. “Quero prestar a minha solidariedade a cada companheiro, companheira que, durante este último ano, também aqui da bancada, sofreram ataques como ministros, o ex-presidente Lula, a presidente Dilma sofreram”, emendou.

As manifestações de Falcão e Florence refletiram diretamente no comportamento dos deputados petistas em plenário nesta tarde. Na primeira sessão do ano legislativo, os petistas se revezaram na tribuna do plenário principal defendendo Lula. “Respeitem a história do presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, bradou o ex-líder da bancada Sibá Machado (AC), sob protestos dos oposicionistas.

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Florence disse que sua primeira tarefa como novo líder do PT é “derrotar a tentativa de golpe” contra a presidente Dilma Rousseff e aprovar as medidas econômicas para retomada do crescimento. O líder afirmou estar disposto a trabalhar pela unidade de toda a base aliada, ponto considerado crucial para o governo conseguir aprovar as pautas de interesse do Palácio do Planalto.

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Questionado sobre as manobras de Cunha para retardar o processo no Conselho de Ética, Florence disse que o PT sempre apoiou investigações “onde há evidências”. “A opinião pública não aceita mais atos diversionistas para postergar a investigação”, criticou.