O novo delator da Operação Lava Jato, Mário Góes, agora em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, vai pagar multa de R$ 38 milhões por seu envolvimento em crimes financeiros, lavagem de dinheiro, corrupção e evasão de divisas no esquema Petrobras.

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A multa está prevista na cláusula 14 do acordo de colaboração que firmou com o Ministério Público Federal. O valor será destinado ao ressarcimento ‘dos bens jurídicos protegidos’, no caso os cofres da estatal petrolífera.

Na hipótes de a Lava Jato encontrar depositados em suas contas bancárias mais de US$ 8,5 milhões o valor excedente será acrescido à multa compensatória cível.

Góes já realizou 13 depoimentos. Ele revelou caminhos do dinheiro ilícito. Declarou que “o PT dava algum suporte” ao esquema de corrupção na Petrobras – a Diretoria de Serviços, onde Góes transitava, era dirigida pelo engenheiro Renato Duque, indicado pelo partido. Duque está preso.

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Faz parte da obrigação assumida pelo delator a indicação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas das organizações criminosas “de que tenha ou venha a ter conhecimento”. Também terá que apontar pessoas físicas e jurídicas utilizadas pelas organizações para a prática de ilícitos.

No acordo de delação que assinou, Mário Góes aceita também pegar uma condenação a pena máxima unificada de 15 anos. Na prática, essa pena será substituída por ‘regime fechado diferenciado’, ou seja, em sua casa, por um ano e seis meses. Depois, mudará para regime semiaberto e, cumulativamente, prestar serviços à comunidade por quarenta horas mensais.

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