Novas siglas tentam atrair políticos

A 23 dias do fim do prazo de filiação para quem pretende disputar a eleição de 2014, o Congresso Nacional revive momentos de troca-troca partidário, num verdadeiro “feirão” com ofertas que vão de distribuição de poder ilimitado dentro da futura sigla a repasses de recursos do Fundo Partidário para serem usados livremente nos Estados. Deputados estão sendo disputados nos corredores com ofertas de todo o tipo.

Sentado na última fileira do plenário da Câmara, segunda-feira, 9, o deputado José Humberto (PHS-MG) foi abordado por três colegas em menos de uma hora com propostas para deixar seu partido, conforme a reportagem presenciou. “Eu não vou ficar mais num partido pequeno”, explicava. “O Kassab tem mantido a palavra dele. Vamos lá só bater um papo”, rebateu o deputado Wilson Tosta (PSD-MG).

Em 2007, o Supremo Tribunal Federal decidiu que os parlamentares que mudassem de legenda perderiam o mandato. A exceção seria para quem migrasse para um novo partido. Atualmente, nove siglas estão em processo de criação. Confirmados os exagerados cálculos de cada uma, até metade dos deputados pode trocar de legenda.

O PSD inaugurou a “janela” em 2010, “roubando” 54 deputados de outras legendas e hoje é seguido por dois novos partidos: o Solidariedade e o Partido Republicano da Ordem Social (PROS). A lista inclui a Rede Sustentabilidade, de Marina Silva.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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