O ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB), afirmou hoje que o secretário executivo da Pasta, Frederico Costa da Silva, não foi indicado para o cargo nem pelo PMDB nem pelo PT. Frederico foi um dos 36 presos pela Operação Voucher, da Polícia Federal (PF), sob a suspeita de desviar recursos de emendas parlamentares no Ministério do Turismo. “O Frederico não foi apresentado nem apoiado nem pelo PMDB, nem pelo PT”, garantiu o ministro.

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Novais reconheceu que parte dos 170 cargos em comissão do Ministério era ocupada por petistas que saíram da pasta, quando ele assumiu o Turismo. O ministro argumentou que as denúncias levantadas pela Operação Voucher referem-se a convênios celebrados em 2009, bem antes de ele assumir a pasta. Novais admitiu ainda que pode ter ocorrido “alguma coisa” no Ministério. “Se houve deslizes, irregularidades, não sei. Mas admito que alguma coisa pode ter havido. Mas isso será corrigido e eliminado”, afirmou.

Segundo o ministro, os funcionários apontados pela PF como envolvidos no suposto esquema de corrupção só voltarão a seus cargos ao fim das apurações. Novais prestava depoimento na tarde de hoje na Câmara numa sessão conjunta das comissões de Turismo e Desportos, de Defesa do Consumidor e de Comissão de Fiscalização e Controle.

Deputados do PMDB e do PT estavam na sessão para blindar o ministro. Ao lado de Novais, o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), defendeu o ex-deputado Colbert Martins, um dos presos na Operação Voucher. Já os deputados de oposição insistem na necessidade de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a corrupção no governo federal.

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