O vice-presidente da República, Michel Temer, disse nesta quinta-feira, 28, que o PMDB “quer comandar o País a partir de 2018”. Em Curitiba, ao iniciar um giro por várias capitais, numa espécie de campanha por sua recondução ao comando do partido, Temer afirmou ainda que a intenção é lançar o máximo de candidatos próprios nas eleições municipais deste ano para construir uma candidatura à Presidência em 2018.
“Nós não podemos ser apenas um partido que acusa ou vai em busca de cargos. Nós queremos comandar o País a partir de 2018 para implantarmos um programa”, afirmou Temer em discurso para cerca de 300 militantes peemedebista na capital paranaense. “As eleições de 2018 passam pela disputa de 2016.”
O ato foi organizado pelo senador Roberto Requião e o deputado estadual Requião Filho, pré-candidato à prefeitura de Curitiba. Em seu discurso, Temer disse que “quem manda no PMDB é o PMDB”, ao se referir à discussão sobre a continuidade ou não com a aliança com o governo do PT. “O PMDB sempre foi um partido construído pela base e estamos provando isso neste momento.”
O vice-presidente evitou falar sobre sua relação com a presidente Dilma. “O momento é de buscar a unidade em todo o País. Estamos propondo uma pacificação nacional. Acredito que a presidente Dilma deve buscar o mesmo com a reunião do conselho que está sendo realizada hoje (ontem)”, afirmou.
Sobre as denúncias de corrupção que atingem peemedebistas, Temer preferiu uma declaração protocolar. “A Operação Lava Jato é uma prova que nossas instituições estão funcionando. É uma questão do Judiciário e temos que esperar a apuração dos eventos. Mas é importante que as investigações não paralisem o País”.
‘Poder político’
Após a agenda em Curitiba, Temer seguiu para Florianópolis e voltou a ressaltar a intenção do PMDB ter candidatura própria em 2018. “Temos extraordinário poder político. Maioria de governadores, prefeitos, vereadores, presidência da Câmara e do Senado. Está na hora do PMDB expor as suas intenções políticas”, disse o vice-presidente.
Temer se comprometeu em garantir a governabilidade da presidente Dilma Rousseff e em colocar os interesses do País acima dos interesses pessoais ou partidários. Ele justificou a ausência na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico afirmando que sua presença era “dispensável”.