O ministro das Relações Institucionais, José Múcio, disse que o Palácio do Planalto se sentiu em uma situação confortável com o apoio dos governadores tucanos José Serra e Aécio Neves, na noite de ontem e madrugada de hoje, durante as negociações visando aprovar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "A partir desse momento, nos sentimos confortáveis, pois figuras expressivas do partido, que fazem oposição ao presidente, que têm perspectiva de poder, trabalharam para que a CPMF fosse aprovada.
A uma pergunta se o "fantasma" do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tinha influenciado de forma decisiva a votação que resultou no fim do imposto do cheque, Múcio respondeu: "Os líderes mais expressivos da oposição trabalharam para que ela fosse aprovada". Múcio evitou generalizar os ataques. "A oposição estava aberta à negociação. Não entendemos porque forças minoritárias tiveram preponderância no seu ponto de vista.
O ministro relatou ainda que o governo avaliou que conseguiria fechar na madrugada um acordo com os oposicionistas. Na avaliação dele, a grande maioria dos senadores da oposição queria aprovar a prorrogação da CPMF, porque conhecem a realidade de Estados e municípios. "A CPMF não tem partido, serve ao País, não é do governo Lula e não é do ex-presidente FHC. Hoje não consegui identificar vencedores. Aquela comemoração foi momentânea e fugaz e a ressaca dessa vitória vamos conhecer nos Estados e municípios."
Múcio disse que o presidente Lula, agora, "tomará providências para que os mais necessitados não sintam os efeitos da decisão do Senado". Ao deixar a sala em que ocorreu a entrevista, já na porta do elevador em direção ao seu gabinete, Múcio fez questão de ressaltar que José Serra e Aécio Neves trabalharam até o último instante para a aprovação da proposta do governo. "Fomos surpreendidos, mas Serra e Aécio trabalharam.
