Às vésperas do início da campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff teve que administrar na manhã desta terça-feira uma prévia do que será a disputa pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. Ao lado do governador Luiz Fernando Pezão, do PMDB, Dilma inaugurou após sete anos de obras o ainda inacabado Arco Metropolitano (BR 493), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Mas a plateia de operários estava dividida entre o candidato à reeleição e o candidato petista, Lindbergh Farias.

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O ex-governador do Rio, Sergio Cabral, chegou a ser vaiado quando teve seu nome anunciado, no início da cerimônia. Ele não discursou. Enquanto Dilma e Pezão faziam o descerramento da placa da rodovia, parte do público puxou um coro “É Lindbergh! É Lindbergh!”. Mas simpatizantes do atual governador logo responderam aos gritos de “Pezão! Pezão!”.

Durante o discurso da presidente, um pequeno grupo voltou a gritar por Lindbergh, mas Dilma emendou com elogios a Pezão, exaltando a parceria do PMDB no Estado com o governo federal. “Eu estou junto com Pezão há muito tempo, desde o início do governo Sergio Cabral. Eu conheço a capacidade do Pezão. Não basta a parceria, tem que fazer a boa parceria”, disse a presidente, sem mencionar o candidato petista.

Pezão também mencionou a aliança no Estado entre PMDB e PT. “O mantra é a parceria. Sem a parceria esse Estado não teria avançado. Temos orgulho de trabalhar ao lado da senhora (Dilma) e continuaremos trabalhando”, discursou Pezão. No Rio, grande parte do PMDB já declarou apoio à candidatura Aécio Neves, do PSDB, movimento que tem sido chamado de Aezão.

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Dilma participou nesta terça pelo segundo dia consecutivo de uma maratona de inaugurações ao lado de Pezão. Nesta segunda, a presidente inaugurou um hospital em Saquarema, na Região dos Lagos, e um condomínio de apartamentos populares do Minha Casa Minha Vida, no centro do Rio.

As obras do Arco Metropolitano começaram em 2008, com previsão de término para 2010. Após sucessivos atrasos, a obra continua em andamento. Em propaganda veiculada na televisão, o governo do Estado anuncia para julho o início da operação da rodovia. No entanto, operários do consórcio responsável pela construção afirmaram na manhã desta terça-feira que ainda há trechos em obra, longe do local da cerimônia.

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O Arco Metropolitano, que interliga as rodovias federais do Grande Rio, tem extensão de 145 quilômetros, de Itaguaí a Itaboraí. A obra consumiu R$ 1,9 bilhão. A previsão é que a rodovia receba mais de 30 mil veículos por dia.