O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, disse neste sábado, 22, durante um comício no Recife, que não quer vencer as eleições 2018 por “revanchismo”. “Vamos trabalhar para salvar o Brasil. Nós não queremos revanchismo, queremos dar o recado de que o negro, a mulher, o nordestino, todos terão respeito. Não vamos admitir violência e intolerância”, disse o petista.
Sobre a carta divulgada na quinta-feira por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) – na qual o ex-presidente defendeu que é preciso deter o que classificou como “marcha da insensatez” – Haddad afirmou que não leu, mas interpretou o texto como “um gesto de apoio ao candidato dele, Geraldo Alckmin (PSDB)”.
Haddad Recife
Durante a agenda na capital pernambucana, o candidato prometeu concluir a transposição do Rio São Francisco, recomeçar as obras da Ferrovia Transnordestina e retomar investimentos na indústria naval.
Vaias
Antes do comício, Haddad fez uma caminhada pelo centro de comércio popular do Recife acompanhado da candidata a vice em sua chapa, Manuela d’Ávila (PC do B), e do governador e candidato à reeleição, Paulo Câmara (PSB). O senador Humberto Costa (PT), que disputa à reeleição, e a presidente nacional do PCdoB e candidata a vice-governadora, Luciana Santos, também estavam na comitiva.
Costa e Luciana foram vaiados quando pediram votos para Câmara. Durante seu discurso, o governador teve sua fala abafada por mais vaias e gritos de “golpista”.
Haddad também foi vaiado ao apresentar Câmara e citar Renata Campos e João Campos, mulher e filho mais velho do ex-governador Eduardo Campos morto em 2014. João Campos é candidato a deputado federal.
Em Pernambuco, a aliança feita entre o PSB e o PT custou a candidatura ao governo estadual da petista Marília Arraes. O acordo não agradou a militância do partido.
À tarde, Haddad cumpre agenda em Caruaru (PE). No domingo, o petista faz campanha em Petrolina (PE) e em Juazeiro (BA) com o governador baiano e candidato à reeleição, Rui Costa (PT).