O clima esquentou em Ceilândia, cidade localizada perto de Brasília. Depois de votar em uma escola na periferia da cidade, o candidato a vice-governador do Distrito Federal, Renato Santana (PSD), seguiu para almoçar na churrascaria Fogo do Galpão, no centro da cidade. Santana estava acompanhado de uma comitiva e de seu companheiro na chapa, o candidato Rodrigo Rollemberg (PSB).

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Durante o almoço na churrascaria lotada, um dos militantes de Rollemberg levantou-se e gritou o nome do candidato, que lidera as pesquisas de intenção de voto. A comitiva só não contava com outros candidatos que estavam no local: Rejane Pitanga (PT) e Chico Vigilante (PT), ambos candidatos a deputado distrital e militantes do atual governador Agnelo Queiroz (PT), que disputa a reeleição e está em terceiro lugar nas intenções de voto.

Bastou ouvir o grito em defesa de Rollemberg para que a vaia ecoasse de um lado para o outro. O coro pró-Rollemberg era reforçado por Rogério Rosso (PSD), candidato a deputado distrital, que também ficou conhecido como o “governador-tampão”, por ter assumido o DF em abril de 2010, após a saída de José Roberto Arruda, que deixava o governo após ser acusado de comandar o escândalo de corrupção que ficou conhecido como o “mensalão do DEM”. Em resposta aos gritos que vinham da mesa de Rollemberg, os petistas devolviam vaias e gritos de “puxa-saco” aos militantes. Político, Rollemberg passou nas mesas de alguns do petistas antes de ir embora, para cumprimentá-los.

Violência

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Ceilândia é uma das regiões mais violentas do DF e costuma figurar no topo das regiões com maior índice de homicídios na capital federal. Rollemberg e sua comitiva foram para a região para acompanhar o voto do candidato a vice-governador na chapa do PSB, Renato Santana, de 41 anos. “Nasci em Brazlândia, mas vivo aqui em Ceilândia hás 23 anos”, disse Santana.

No colégio em que Rollemberg e seu vice votaram, pessoas reclamavam da demora na votação, por conta de problemas em urnas eletrônicas. A seção de Renato Santana não tinha fila. Nas ruas, o lixo bancado pelas campanhas dos candidatos tomou conta de Ceilândia, com milhares de papéis entupindo a precária rede de esgoto da cidade.

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