O secretário estadual de Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira, é o nome mais cotado entre os círculos de auxiliares mais próximos ao governador Roberto Requião (PMDB) para ser indicado candidato a vice-prefeito na aliança PT-PMDB na disputa para a Prefeitura de Curitiba.
O acordo ainda está em litígio interno no PMDB, já que o deputado federal Gustavo Fruet não pretende desistir de disputar a convenção do partido que vai escolher entre a candidatura própria ou aliança, mas, no grupo que aposta na coligação, a fase agora é de discutir o nome do vice do deputado estadual Ângelo Vanhoni, candidato a prefeito.
A aliança, que depende da aprovação da convenção oficial em junho, deve incluir outros partidos, mas a direção municipal do PMDB acha que a sigla tem preferência na indicação do companheiro de chapa de Vanhoni. O PTB, o PCdoB e ainda o PPS estão na mira de peemedebistas e petistas para integrar a coligação.
Além de Nizan, outros nomes integram a lista de candidatos a vice. Entre eles, o secretário da Saúde, Cláudio Xavier, o presidente da Cohapar, Luiz Cláudio Romanelli, e até o secretário de Desenvolvimento Urbano, Renato Adur, que integra a ala pró-candidatura própria. Do grupo, apenas Cláudio Xavier não tem experiência em disputas eleitorais.
A cotação de Nizan Pereira é alta entre o grupo que cerca o governador em decorrência de sua antiga ligação com Requião. Os partidários da indicação do secretário de Assuntos Estratégicos apontam como vantagens de Nizan o fato de ele ser um dos mais fiéis colaboradores do governador. Nizan foi secretário municipal de Saúde de Requião, quando prefeito de Curitiba, e ocupou novamente o cargo no primeiro mandato do governador.
O secretário disse ontem que “ser lembrado é sempre muito bom”, mas não assume a pretensão. Afirmou que tem participado das prolongadas discussões internas sobre a sucessão municipal, mas que está mais empenhado em tentar garantir a construção da Frente de Oposições. “A hora é de consolidar a aliança”, desconversou.
Adur media crise entre Gustavo e PT
Integrante da lista de possíveis candidatos a vice-prefeito do PMDB, o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Renato Adur, está tentando atuar como mediador no conflito entre o deputado federal Gustavo Fruet e o PT. Adur disse ontem que agendou uma conversa para a próxima semana – o dia ainda não está definido – entre Gustavo e o deputado estadual Ângelo Vanhoni, pré-candidato do PT à prefeitura.
Na semana passada, às vésperas do encontro que selou o acordo entre os dois partidos realizado no sábado, dia 24, Gustavo fez críticas a Vanhoni, acusando-o de tentar impor um acordo com o PMDB. Vanhoni não respondeu e ao discursar no encontro fez elogios à gestão de Maurício Fruet, pai de Gustavo, em Curitiba.
Alinhado à ala pró-candidatura própria, Adur afirmou que vai tentar abrir um diálogo entre os dois. “Não vamos negociar um acordo. A minha idéia é que os dois possam apenas conversar. Já sabemos que não será nada conclusivo, mas é preciso que os dois tenham um diálogo. O que não dá é que eles continuem se comunicando pelos jornais. Eles precisam ter uma conversa franca e direta”, justificou.
Segundo Adur, tanto Gustavo como Vanhoni aceitaram o encontro. Gustavo, entretanto, deixa claro que mantém sua defesa da candidatura própria do PMDB.
