O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, disse nesta quarta-feira, em entrevista a Geraldo Freire, na rádio Jornal, no Recife, que “ninguém tem lugar garantido neste segundo turno”.

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“A eleição será decidida pela população brasileira”, afirmou, ao se mostrar confiante quanto ao apoio do presidenciável do PSB, Eduardo Campos, na hipótese de vir a disputar o segundo turno com a presidente Dilma. “A partir do momento em que ele (Campos) vem para o campo oposicionista e passa a ter discurso de contestação ao que aí está, acredito que o eleitorado que votar nele é oposicionista, não é eleitor que vá votar no governo”. Sem querer criar atrito, destacou que o socialista terá “votação muito expressiva e é candidato forte para estar no segundo turno”. Neste caso, observou que também seria “natural” que o seu eleitorado optasse por Campos.

Dentro da sua estratégia de cativar o eleitorado nordestino – onde o PT é predominante -, Aécio reiterou que não somente vai manter, mas aperfeiçoar programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida. Destacou que, como governador de Minas Gerais, gastou três vezes mais per capita no nordeste mineiro, região com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado. Entre suas propostas para o Nordeste brasileiro, disse que irá propor um projeto de irrigação para o semiárido. “O PT não fez um hectare novo de irrigação no semiárido”, criticou. “Hoje a expectativa de vida para quem vive no semiárido é de 58 anos; na área irrigada ultrapassa 70 anos”.

Em meio a ataques ao desempenho do PT no governo federal, o tucano também reafirmou seu plano de dar um choque de gestão na administração pública federal. “A corrupção, a ineficiência, a incapacidade de concluir obras vai acabar”. Aécio cumpre extensa agenda em Pernambuco, onde recebe título de cidadão recifense e participa de ato político do PSDB no município metropolitano de Jaboatão dos Guararapes, governado pelo tucano Elias Gomes.

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