O vereador Ney Leprevost (PP), o mais votado de Curitiba nestas eleições, está empenhado em conversas e negociações para viabilizar sua candidatura à presidência da Câmara Municipal. Em sua agenda para os próximos dias está uma conversa com o atual presidente da Mesa, vereador João Cláudio Derosso (PSDB), para tratar do assunto.
Ney considera legitima sua aspiração, não só pela grande votação que obteve, mas também porque desistiu de uma candidatura majoritária para auxiliar na composição da aliança que foi vitoriosa no último domingo. Sua área de atuação, a 177.ª zona eleitoral, foi onde Beto Richa (PSDB) obteve seu melhor desempenho: “Mas, como aliado de primeira hora, não posso expor o prefeito eleito, pressionando por apoio. Com a base de apoio que já dispõe, Beto pode, se desejar, eleger o próximo dirigente do Legislativo. Mas eu espero que ele ou se mantenha neutro na disputa, ou busque o consenso. Político conciliador que é, tem plenas condições de costurar uma chapa que agrade a todos”, disse ontem o vereador, que visitou o presidente da Copel, Paulo Pimentel.
Pelos cálculos do vereador, Beto conta com o apoio de 33 dos 38 vereadores eleitos e deverá ter condições para fazer as mudanças que pretende no orçamento do município para o ano que vem. Ainda assim, disse esperar a colaboração do prefeito Cassio Taniguchi (PFL) nesse sentido, evitando dificultar os trabalhos na Câmara.
Adiantando que este será seu último mandato de vereador – ele tem planos de concorrer a uma vaga de deputado – Leprevost assegura que passa a trabalhar, desde agora, como membro da base de apoio de Richa, e faz um apelo ao prefeito para que cancele a licitação do lixo que está em andamento: “Como se trata de uma medida que vai afetar a próxima gestão, a decisão deve ser deixada para o prefeito que assume”.