Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da estatal, disse que apesar da imagem negativa que se criou em torno da aquisição da refinaria de Pasadena (EUA), o cenário atual é “altamente favorável nos próximos anos” para a estatal brasileira.
“Essa refinaria hoje processa em sua capacidade máxima e atende plenamente a produção de gasolina no mercado americano”, declarou. Segundo o ex-diretor, Pasadena já teve um lucro líquido de US$ 80 milhões no primeiro semestre e neste ano deve chegar a US$ 150 milhões.
Ele disse que o cenário favorável ao óleo leve de xisto mudou completamente o setor energético norte-americano, mas que ainda assim há uma perspectiva de construção de novas refinarias no mercado dos Estados Unidos. Pela terceira vez depondo no Congresso, Cerveró agora prestou esclarecimentos na condição de investigado.
Ele ressaltou que da mesma forma que a mudança de cenário brasileiro com a descoberta do pré-sal tirou o foco dos investimentos em Pasadena, hoje houve uma mudança no mercado que vai continuar beneficiando a refinaria de Pasadena e os interesses da Petrobras nos Estados Unidos. O diretor lembrou que Pasadena custou US$ 550 milhões, valor abaixo da média das aquisições do mercado na época.