Foto: Valquir Aureliano/O Estado
Nereu Moura: querem atingir o governo.

O deputado estadual Nereu Moura (PMDB) disse ontem que ao apresentar denúncia contra ele, contra o secretário-geral do PMDB, Luiz Cláudio Romanelli, e contra outras três pessoas, o Ministério Público Federal (MPF) está sendo movido por interesses escusos. O parlamentar afirmou que na próxima terça-feira, dia 2, às 14h, irá conceder entrevista coletiva no Plenarinho da Assembléia Legislativa, quando deverá trazer provas de que as supostas irregularidades do MPF são infundadas.

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Segundo Moura, na próxima terça-feira, ele vai provar que durante as investigações, ao ser quebrado pela Justiça o sigilo bancário do chefe de gabinete da liderança do PMDB, Paulo Gomes Júnior, foi constatado um único depósito da conta de Gomes para a dele, entre 2000 e 2001, para pagar os gastos de um simpósio sobre o pedágio, realizado à época. Moura disse que como quem organizou foi a liderança do PMDB, ele tinha que pagar os custos e foi feito um rateio entre os deputados peemedebistas, que depositaram dinheiro na conta de Gomes. "É uma injustiça me apresentem como um grande sacador, uma vez que fiz um único saque", disse.

De acordo com Moura, as denúncias não passam de uma armação política para prejudicar o PMDB como um todo. O parlamentar atribuiu as acusações à ligação estreita que ele e outras pessoas envolvidas na denúncia têm com o governador Roberto Requião (PMDB). "O Romanelli nem sequer era deputado à época", afirmou.

O deputado disse que, de uma hora para outra, foi bombardeado e prejudicado politicamente. "Eu seria um dos deputados mais votados do Paraná nestas eleições. Estou sofrendo muito com essa devastação e vou provar que não há fundamentos. Mas, mesmo assim, sei que não devolve o prejuízo que teve a minha honra."

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Na segunda-feira, dia 24, o MPF encaminhou denúncia ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região acusando cinco pessoas, entre elas Moura e Romanelli, de formação de quadrilha e de subtrair verbas públicas da Assembléia Legislativa do Paraná no período de 2000 e 2001.