Nem Alemanha localiza executivos do cartel de trens de São Paulo que estariam lá

Na investigação contra o cartel de São Paulo o Grupo de Atuação Especial de Combate a Delitos Econômicos (Gedec) contou com a colaboração da multinacional Siemens, que firmou em 2013 um acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), órgão antitruste do governo federal.

A empresa comprometeu-se a revelar os caminhos do esquema no setor metroferroviário que operou entre 1998 e 2009, nos governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB. Ainda assim, executivos alemães que pertencem ou já pertenceram à companhia e não constam no acordo de leniência não foram localizados nem pelas autoridades do país europeu e o Ministério Público paulista segue na luta para tentar encontrá-los.

Ao todo, o Gedec pediu em 2014 a prisão preventiva de 9 executivos ligados à multinacional, junto com as denúncias – uma contra um grupo de cinco e outra contra um grupo de quatro alemães, além de outros acusados – oferecidas naquele ano.

Em uma das ações em que foi pedida a prisão de cinco alemães acusados de fraude à licitação de R$ 1,7 bilhão para obras da Linha 5 do Metrô, a denúncia foi rejeitada já em março de 2014, e com isso os pedidos de prisão preventiva. O Ministério Público e os acusados, então, começaram a travar uma “guerra” de recursos nas instâncias superiores. Em um dos recursos, perante o Tribunal de Justiça de São Paulo, os réus precisaram ser intimados no exterior. Quatro deles foram localizados, e um, Robert Huber Weber, não foi encontrado no país europeu. Nenhum dos alemães, contudo ainda se manifestou no processo.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna