O presidente do Democratas, deputado Rodrigo Maia (RJ), comemorou a derrota do governo, com a rejeição da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) no Senado, e disse que a negociação "foi uma forma de o governo chantagear a oposição" mas que não deu resultado. Para o deputado, politicamente, "ficou claro que o Congresso Nacional não é casa do governo, mas a casa do povo brasileiro".
Maia afirmou que a oposição está disposta a dialogar com o governo para apresentar propostas na elaboração de um novo orçamento, que não conte com os R$ 40 bilhões da contribuição, e também para sugerir medidas de corte de gastos. "Agora é hora de fazer um programa de corte de despesas, dessas gorduras como a existência de 37 ministérios e a TV Pública, entre outros", afirmou Maia.
O presidente do DEM disse que se melhorar a forma do gasto público o governo não precisará prejudicar programas sociais e investimentos em saúde, como tem afirmado parlamentares governistas. "Não há catástrofe nenhuma" disse Maia. O deputado afirmou que os contribuintes gastarão os R$ 40 bilhões que deixarão de ser pagos em contribuição financeira e que com esse aumento do consumo, o governo terá de volta em impostos "R$ 15 ou R$ 16 bilhões". Para Maia "houve arrogância do governo, desde o início do processo" e reclamou que a oposição nunca foi procurada institucionalmente para discutir a CPMF.