O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que preside a sessão de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, negou o questionamento feito pelo PSOL sobre a permanência na comissão de deputados que receberam doações de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato. O PSOL avisou que vai recorrer da decisão no plenário da Casa.

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O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) pediu a destituição dos parlamentares que tenham recebido financiamento eleitoral da OAS, Camargo Corrêa, Sanko, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, UTC e Toyo Setal, sob a alegação de que a permanência dos indicados levantaria suspeitas sobre a isenção dos trabalhos. Entre os que receberam recursos das empreiteiras estão o peemedebista Hugo Motta (PB) e o petista Luiz Sérgio (RJ), candidatos à presidência da CPI e à relatoria, respectivamente. O pedido de candidatura à presidência da CPI feito por Valente foi aceito e neste momento os membros votam a composição do comando da CPI.

Ao indeferir a questão de ordem de Valente sobre a destituição de membros da comissão, Faria de Sá disse que os membros não foram autoindicados e que quem concluir que deve se colocar em suspeição nas votações da CPI, deve se declarar impedido.

Durante as discussões, o líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ), ainda insistiu na tese da destituição dos financiados pelas empreiteiras citadas na Operação da Polícia Federal. “Quem contrata a orquestra, escolhe a trilha sonora”, comparou. O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), disse que repudiava a tentativa de criminalização de doações legais.

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O deputado Silvio Costa (PSC-PE) disse que a CPI já começa com a oposição sofrendo de “PTfobia”. “Eles não aguentam escutar o nome PT”, afirmou.