O Ministério Público Eleitoral (MPE) entrou ontem com representação para que o senador Alfredo Nascimento (PR) seja condenado à inelegibilidade por oito anos por captação ilícita de voto nas eleições deste ano, quando ele foi candidato ao governo do Estado e perdeu para Omar Aziz (PMN). O senador pode recorrer, mas seus advogados não foram encontrados hoje para comentar o pedido. Nascimento é um dos cotados para assumir o Ministério dos Transportes no futuro governo Dilma Rousseff.
A representação se deve a uma suposta distribuição de gasolina no dia 21 de agosto, momentos antes da carreata do então candidato em Humaitá, a 590 quilômetros de Manaus. A distribuição foi flagrada e denunciada pela promotora do município, Simone Martins, junto com um vídeo mostrando a fila de carros e motos aguardando o abastecimento de gasolina.
A dona do posto de gasolina, Lenilza Gomes de Sá, teria entregado ao MPE dois cheques de R$ 1,7 mil e R$ 1,4 mil recebidos de um vereador do mesmo partido do candidato ao governo. A procuradoria entendeu que, embora Nascimento não apareça nas filmagens, ele seria o principal beneficiado com a compra de votos por meio da distribuição do combustível.