O quinto e último bloco do debate entre os candidatos a prefeito da cidade de São Paulo, promovido pelo jornal o Estado de S. Paulo, TV Gazeta e Twitter, serviu para as considerações finais de cada político.
A candidata do PMDB, Marta Suplicy, disse que o País está saindo de uma grande crise econômica, o que sempre afeta São Paulo, mas é também a capital paulista a primeira a sair da crise. A peemedebista aproveitou seus minutos finais para alfinetar o candidato João Doria (PSDB), que tem batido na tecla de que o que falta em São Paulo é gestão.
“Tem um candidato que fala em gestão, gestão e gestão. Mas gestão sem coração não leva a nada”, disse Marta, acrescentando que vocação para ganhar dinheiro e vocação para gestão pública são coisas diferentes. “Vocação pública cuida das pessoas e não adianta ficar falando em gestão… gestão”, insistiu.
O candidato do Solidariedade (SD), Major Olimpio, voltou a afirmar no espaço recebido para suas considerações finais que não se pode fazer uma boa gestão sem que haja orçamento para tal. Ele disse que não faz promessas, mas se compromete trabalhar muito para tirar a cidade de São Paulo do estado de abandono em que se encontra. “São Paulo está uma terra abandonada, sem lei. Me comprometo trabalhar muito”, disse.
O petista e atual prefeito da capital paulista, Fernando Haddad, disse que os adversários Doria, Marta e Russomanno, estão apoiando o governo (Temer) que quer mudar a Constituição. Voltou a afirmar que não se envergonha de estar ao lado do ex-presidente Lula. Ironizou os candidatos Marta Suplicy e Russomanno, que segundo ele, há duas semanas vêm falando que, caso sejam eleitos, farão coisas que a sua gestão já está fazendo, como colocar internet sem fio (Wi-Fi) de graça nas praças públicas. Haddad voltou a dizer que é preciso denunciar candidatos que na frente das câmeras defendem uma coisa e em Brasília falam o contrário.
Russomanno se dirigiu ao público se valendo de suas cinco legislaturas como deputado federal e ressaltando seu trabalho à frente da defesa do consumidor. O candidato do PRB voltou a dizer o que defendeu durante todo o debate: vai usar a tecnologia para fazer uma boa gestão se for eleito prefeito. “Com autoestima e prestigiando os funcionários públicos, vamos fazer um serviço público de qualidade”, disse.
Doria insistiu que não é político e sim um gestor. Uma de suas metas, disse, é gerar empregos para fazer de São Paulo a terra da oportunidade.
A candidata do PSOL, a deputada Luiza Erundina, pediu para que as pessoas não desistam da política. Afirmou que a sua gestão vai se empenhar para aproximar o poder público do munícipe. “Não desistam da política”, disse. “Vamos colocar o poder público junto da população. E vamos mais uma vez denunciar o golpe que vimos neste País”, disse a candidata, se referindo ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. “Vamos defender a democracia e denunciar o golpe.”